Quinta do Bronze e Maria Bonita Loureiro Barrica
Novidades da Lua Cheia em Vinhas Velhas

Quinta do Bronze 2015 e Maria Bonita Loureiro Barrica 2017 são os dois novos vinhos do produtor Lua Cheia em Vinhas Velhas. As duas novas referências têm a assinatura do enólogo Francisco Baptista, que se tem desdobrado entre o Douro e a Região dos Vinhos Verdes na busca pela qualidade.

Texto: Redação Human

 

«Tenho procurado os anos incríveis e encontrei.» O mote é dado por Francisco Baptista, o insaciável enólogo da Lua Cheia em Vinhas Velhas. A insígnia, para além de apostar em produzir vinho em várias zonas do país, tem também tentado oferecer vinhos diferenciados – Poseidon, o vinho que tem embarcado em navios bacalhoeiros, é um bom exemplo. Mas a busca de Francisco Baptista não pára aqui, e este ano sai para o mercado o Quinta do Bronze 2015.

Tudo começa no Vale do Pinhão, região de Cima Corgo, no Douro, a 350 metros do rio. Desde 2013 que se fazem ali colheitas à procura do perfil ideal, testando as diferentes parcelas e castas existentes neste terroir. Até 2015 surpreendeu, por ser precisamente «um ano incrível». Começa então o trabalho do enólogo até obter o Quinta do Bronze, que se chama assim porque, entre vinhas há umas ruínas de uma antiga quinta que datam de 1823. Por entre os colaboradores, começou a dizer-se que aquela quinta já era da Idade do Bronze, embora sem fundamento histórico, como rapidamente se percebe. Mas o certo é que a expressão ficou. «Como está a correr a vindima na Quinta do Bronze?», ouvia-se inúmeras vezes.

Quanto ao vinho, juntam-se as castas Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinto Cão. Depois da vinificação clássica, o vinho foi submetido a 24 meses de estágio em barrica e depois a 12 meses já em garrafa. O resultado é um vinho de cor rubi, repleto de intensidade, com aroma intenso mas elegante. Na boca, faz-se sentir estruturado e equilibrado, fresco e vibrante. A acidez está no ponto que o enólogo desejava: «excelente». As notas frutadas combinam com a sublimidade da barrica e esta experiência prolonga-se através de um final de boca muito extenso. Como se percebe, esta é uma garrafa que se abre para harmonizar com cozinha tradicional portuguesa, pratos genuínos e possantes ou com queijos intensos.

Há-de haver mais edições da Quinta do Bronze, sempre que a natureza bafejar o Douro com condições perfeitas. A vindima de 2017 foi também ela perfeita e há potencial em vista. Francisco Baptista mostra-se paciente.

 

Maria Bonita Loureiro Barrica 2017

Passando para a Região dos Vinhos Verdes, fica-se a conhecer o mais recente membro da família das Marias, genuinamente minhotas, da Lua Cheia em Vinhas Velhas: um 100% Loureiro. Produzido a partir da vinha mais velha, esta monocasta foi vinificada pelos processos ancestrais, fermentou em barricas usadas de 300 litros por forma a garantir a ideal evolução em garrafa durante muitos anos e ainda fermentou e estagiou em barricas usadas durante oito meses. O resultado é um vinho amarelo cítrico, de cor límpida e intensa. O aroma é intenso e elegante, abundantemente frutado (frutos brancos e citrinos) e com notas minerais. Na boca, faz-se notar repleto de estrutura e equilíbrio, com acidez e notas cítricas dignas de registo. O final de boca é muito longo. Para gáudio completo, convém acompanhar esta Maria Bonita Loureiro Barrica com pratos à base de peixe e marisco.

 

A Lua Cheia em Vinhas Velhas

O projeto Lua Cheia em Vinhas Velhas resulta da ligação apaixonada que os seus fundadores mantêm com o Douro há mais de duas décadas. Depois de tantos anos a serem surpreendidos por esta região vitícola única, em 2009 chegou a altura de mostrar a forma como viam os vinhos do Douro. A história da empresa começa nesse ano, com vinhos brancos de Murça – uma zona esquecida pelo progresso, mas que produz vinhos únicos e cheios de identidade. Em 2010, iniciou-se um investimento na adega em Martim, Douro, e em 2012 na região berço do Alvarinho, Monção. Em 2013, também se iniciou uma parceria no Alentejo, vinificando-se em instalações de terceiros as uvas escolhidas e adquiridas na região de Estremoz. Dois anos depois, aventurou-se à descoberta do Dão.

O objetivo da Lua Cheia em Vinhas Velhas é fazer vinhos que mostrem a essência de cada uma das regiões onde produz e, usando os ensinamentos do Velho Mundo, descobrir e deixar expressar o terroir. O curto caminho fez-se (e assim continuará), de estudo e de procura pela própria identidade, permitindo através de excecionais relações qualidade/ preço democratizar o consumo de vinhos inovadores e de elevada qualidade.

No Douro, a Lua Cheia em Vinhas Velhas produz as marcas Lua Cheia, Meia Lua, Andreza, Secretum e Colleja Quinta do Bronze; na região do Vinho Verde, a marca Maria Bonita; na sub-região Monção/ Melgaço, as marcas Maria Papoila e Nostalgia; na região do Alentejo, os vinhos Album; e no Dão o Insurgente.