Gestores portugueses menos confiantes

O «CEO Survey 2019», da Stanton Chase Portugal, revela que os executivos portugueses apresentam uma clara redução das suas expectativas sobre a evolução da economia portuguesa e dos negócios das suas empresas.

Trata-se de um estudo que decorreu no primeiro trimestre do ano e teve a participação de mais de uma centena de chief executive officers (CEOs), general managers e country managers.

É o oitavo ano consecutivo que o estudo se realiza, sendo que visa contribuir para um maior conhecimento sobre a realidade portuguesa, bem como auscultar as preocupações de líderes e gestores empresariais numa perspetiva corporativa, mas também pessoal.

De forma sintética, a Stanton Chase Portugal, realça:

– um acentuado decréscimo do otimismo face a 2018 (cerca de 40%) ao nível das perspetivas de evolução da economia portuguesa, sintomático da notória desaceleração da economia global;

– uma ligeira quebra da perspetiva de crescimento do sector de atividade/ mercado, bem como da evolução do volume de negócios das respetivas empresas num futuro próximo, idênticos aos resultados de 2017 (na casa dos 70%);

– apesar desta diminuição do nível de confiança, no que toca às estratégias de expansão, diversificação e internacionalização o tom continua ambicioso e semelhante a 2018.

– ao nível da gestão de pessoas e sintomático da dinamização do mercado de trabalho que está a ocorrer em 2019, as maiores dificuldades referidas pelos CEOs centram-se no recrutamento do talento adequado (56%), na retenção de pessoas-chave (31%) e no incentivo à motivação e ao compromisso dos colaboradores (36%);

– paralelamente a esta visão, os gestores salientam que as competências a desenvolver centram-se essencialmente na capacidade de liderança, com 52%, na adaptação à mudança, na criatividade e na inovação, também com 52%, e nas aptidões relacionais (soft skills), com 42%.

De um modo geral, os resultados «CEO Survey 2019» são sintomáticos do ambiente de incerteza que se vive hoje na economia global, europeia e portuguesa.

Os resultados encontram-se acessíveis no site da Stanton Chase, assim como os quadros comparativos de 2012 a 2019, aqui.