40 nutricionistas para o Serviço Nacional de Saúde

A Ordem dos Nutricionistas congratulou-se pela abertura do concurso para a contratação de 40 nutricionistas para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), profissionais que serão integrados nos Cuidados de Saúde Primários.

Alexandra Bento (na foto), bastonária da Ordem dos Nutricionistas, referiu: «Até ao momento, apenas trabalham nos centros de saúde cerca de 100 nutricionistas, pelo que as novas contratações farão a diferença não só na prevenção da doença, como também na promoção da saúde.»

A contratação de 40 novos nutricionistas estava inscrita no Orçamento de Estado para 2018, sendo que até ao momento o SNS tem cerca de 400 nutricionistas.

Nos Cuidados de Saúde Primários cada nutricionista tem a seu cargo 86 mil utentes, sendo que o rácio proposto pela ordem é de 20 mil utentes por nutricionista. Já nos Cuidados de Saúde Hospitalares, cada profissional é responsável por 97 camas, sendo que o rácio proposto é de, no máximo, 75 camas por nutricionista.
Para a Ordem dos Nutricionistas, este é «um pequeno passo, que fará a diferença», no entanto relembra que, ainda assim, no SNS só existem um terço dos profissionais necessários para cobrir as necessidades da população.

Alexandra Bento referiu ainda: «O aumento de 40% dos nutricionistas nos cuidados de saúde primários é uma medida muito importante. Mas continua a ser um número aquém das necessidades. Deveremos continuar a olhar para a alimentação como uma importante arma na promoção da saúde dos portugueses.» Por isso, a Ordem dos Nutricionistas espera que no próximo Orçamento de Estado «haja mais arrojo e que o Governo assuma uma maior aposta na promoção da saúde através da alimentação, algo que só se consegue com o reforço dos profissionais de saúde e com políticas interministeriais».

Recorde-se que, em Portugal, a prevalência de doenças crónicas associadas a desequilíbrios nutricionais, quer por excesso, quer por défice, assumem níveis preocupantes. Segundo a Direção Geral da Saúde, metade das causas de doença e de morte no país têm relação direta com a alimentação.

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