O inevitável team coaching

Tradicionalmente as organizações eram desenhadas para a eficácia, e daí resultavam estruturas hierarquizadas e segmentadas, que seriam próximas da forma piramidal. Este modelo de organização foi, e é, adequado a modelos de negócio baseados em padrões de atividade estáveis e previsíveis, mas é pouco adequado a uma época de incerteza e imprevisibilidade.

Por Sandra Pires

 

Em vez de visarem a eficiência, as organizações do futuro deverão ser desenhadas para a velocidade, a agilidade e a adaptabilidade, pois só assim serão capazes de competir no ambiente de negócio global de hoje.

Este ambiente favorecerá as organizações que substituírem a estrutura hierárquica por uma rede de equipas a trabalhar de forma ágil. Nas organizações de topo está-se claramente a evoluir para modelos de trabalho mais team-centric. Nas outras, digam o que disserem os organigramas, o trabalho real, do dia-a-dia, acontece através de uma network de equipas.

Novos modelos organizacionais requerem também novas abordagens de liderança e de desenvolvimento. O team coaching será seguramente uma ferramenta cada vez mais relevante para os líderes e para todos os agentes organizacionais empenhados em melhorar o desempenho das organizações e realizar o potencial das pessoas.

A nossa experiência, na unexpected, diz-nos que, uma vez mais, poderá surgir a tentação do one-size fits all, mas uma intervenção de team coaching é mais do que a replicação de modelos individuais em contexto de grupo. Requer uma abordagem sistémica, que considera desde as competências e os perfis individuais aos padrões de interação e dinâmica relacional da equipa, processos de liderança e cultura organizacional.

Estamos, por isso também, a falar de um novo desafio para os profissionais que utilizam o coaching como ferramenta de intervenção, onde, acredito, terão de aprender e desenvolver novas competências nesta metodologia de desenvolvimento (team coaching), por forma a conseguirem apoiar os processos de evolução e transformação das equipas que acompanham.

 

»»» Sandra Pires é partner da unexpected. A empresa surgiu em 2010 com o propósito de ajudar outras organizações a potenciar o seu melhor recurso energético: as pessoas. Afirma-se como uma empresa onde todas as pessoas são bem-vindas para poderem expressar as suas diferenças.