«Um Visto para a Vida»

A vida de Aristides de Sousa Mendes

O grupo de teatro «O Baluarte», de Amoreira da Gândara, Anadia, vai estrear, no próximo dia 10, sexta-feira, pelas 21H30, no Cineteatro Anadia, a peça «Um Visto para a Vida», sobre a vida do cônsul português Aristides de Sousa Mendes.

Texto: Redação Human

 

Foi em Cabanas de Viriato, concelho de Carregal do Sal, que Aristides de Sousa Mendes nasceu a 19 de julho de 1885, alguns minutos depois de César, seu irmão gémeo. Em 1907, ambos concluíram a licenciatura em «Direito» pela Universidade de Coimbra. Nesse mesmo ano, Aristides casou com Maria Angelina Coelho de Sousa, sua prima e namorada de infância, de quem teve 14 filhos. No ano seguinte, e já em Lisboa, os dois irmãos enveredaram pela carreira diplomática. Aristides exerceu funções consulares, sempre acompanhado pela família, em Zanzibar, no Brasil, nos Estados Unidos, em Espanha, na Bélgica e em França.

A um de setembro de 1939, a Alemanha invadia a Polónia, tendo início a II Grande Guerra. Entre novembro de 1939 e junho de 1940, em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes emite milhares de vistos consulares a cidadãos judeus russos, polacos, checos, luxemburgueses, belgas e espanhóis, permitindo que muitos milhares (fala-se em cerca de 30 mil) escapassem a uma morte certa. Mas em junho de 1940 surgem os primeiros processos disciplinares contra o cônsul, situação que o leva ao desespero, perante a sua incapacidade de garantir o sustento dos filhos por lhe ser negado trabalho.

Em 1948, morre a sua esposa, Angelina. Aristides de Sousa Mendes casa com Andrée Cibial, de quem já tinha uma filha. A penúria e a escassez de meios são tão grandes que as portas da casa servem para acender a lareira da cozinha. Os filhos emigram.

Aristides de Sousa Mendes morre a três de abril de 1954, no Hospital da Ordem Terceira de São Francisco, acompanhado por uma sobrinha. O seu corpo desce à terra envergando roupas franciscanas, porque não possuía outras. Dois dias após a sua morte, o seu irmão César recebe uma carta de Salazar com uma só palavra: «Condolências.»

Os bilhetes para o espetáculo já se encontram à venda e podem ser adquiridos no Cineteatro Anadia. Estão também disponíveis na bilheteira on-line BOL (www.bol.pt), nos CTT, na Fnac, na Worten e noutros postos BOL. O custo é de 3,5 euros, estando reservado um desconto de 50% aos portadores dos cartões Anadia Jovem e Anadia Sénior, bem como às crianças dos seis aos 11 anos de idade.

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