Contratações no turismo devem crescer

O «ManpowerGroup Employment Outlook Survey» para o terceiro trimestre de 2017 – um estudo realizado com base num inquérito a uma amostra representativa de 625 empregadores em Portugal – revela que estes empregadores manifestam intenções de contratação otimistas para o referido trimestre, com especial destaque para os ligados ao turismo (sector da restauração e hotelaria), que fazem uma projeção para a criação líquida de emprego de 29%, logo seguidos pelos empregadores dos sectores de finanças, seguros, imobiliário e serviços, também com uma projeção bastante favorável, na ordem dos 23%.

Em termos gerais, o estudo do ManpowerGroup revela que 15% dos empregadores portugueses inquiridos preveem um aumento de contratação no terceiro trimestre deste ano, 3% antecipam uma redução e 79% consideram que não haverá alterações nos níveis de contratação – o que dita uma projeção para a criação líquida de emprego de mais 12% no período em referência.

Perspetiva-se assim que neste período a contratação aumente nos nove sectores de atividade considerados no inquérito. Para além dos sectores já referidos, também os empregadores do sector do comércio grossista e retalhista reportam perspetivas de contratação muito otimistas, de 19%, enquanto outras previsões assinaláveis de crescimento acompanham o sector de transportes, logística e comunicações e o sector público, com 14% e 10%, respetivamente. O sector mais cauteloso nas projeções é o de fornecimento de eletricidade, gás e água com uma previsão de apenas 2%.

Em comparação com o trimestre anterior, as previsões de contratação melhoram em seis dos nove sectores identificados. O turismo (sector da restauração e hotelaria) reporta uma melhoria de 13 pontos percentuais, enquanto o sector público e os sectores de transportes, logística e comunicações e de comércio grossista e retalhista revelam melhorias de seis pontos percentuais. Contudo, as previsões decrescem em três sectores, incluindo o de agricultura, florestas e pescas, em que os empregadores revelam uma previsão que retrai nove pontos percentuais e o sector de fornecimento de eletricidade, gás e água onde se prevê um decréscimo de seis pontos percentuais.

Se é real que os empregadores nas três regiões (norte, centro e sul) antecipam um aumento da contratação durante os próximos três meses, a verdade é que as melhores perspetivas são as dos empregadores a sul, que projetam uma criação líquida de emprego de 21%. Tanto no centro como no norte é antecipado um aumento otimista de 11% e 10%, respetivamente.

Comparativamente com o trimestre anterior, a maior evolução acontece no sul, com uma subida de nove pontos percentuais. Na região centro, a melhoria é de dois pontos percentuais e no corte não se regista alteração.

As projeções para a criação líquida de emprego apontam para um crescimento maior, de 21%, nas grandes empresas, e um crescimento sustentado e estável, de 14% e 13%, respetivamente nas pequenas e nas médias empresas (PME). As microempresas também preveem crescimento, embora mais baixo, de 8%.

 

Intenção de contratar em 41 países

As conclusões do inquérito apontam para que em 41 dos 43 países participantes a contratação prossiga em terreno positivo neste terceiro trimestre. Globalmente, as oportunidades para quem procura emprego serão muito similares às registadas no segundo trimestre do ano, com os empregadores na maioria dos países participantes a manifestarem a intenção de manter ou aumentar o volume de contratação, consoante as dinâmicas dos mercados locais.

Globalmente, as perspetivas de contratação mais fortes chegam de Japão (+24%), Taiwan (+24%), Hungria (+20%) e Estados Unidos da América (+17%). Com as piores perspetivas apresentam-se Itália (-2%), República Checa (0%) e Finlândia (1%).

Na região EMEA, a projeção dos empregadores para a criação líquida de emprego mantém-se em crescendo em 23 dos 25 países inquiridos. Em comparação com o trimestre anterior, prevê-se melhorias em nove países e um enfraquecimento em 10, com seis a não preverem alterações. Os empregadores mais otimistas para este período entre julho e setembro estão na Hungria, sendo que a Turquia apresenta uma recuperação e um em cada quatro empregadores prevê aumentar a contratação neste trimestre. As perspetivas mais fracas de contratação são reveladas pelos empregadores de Itália, naquela que constitui a única projeção negativa entre os 43 países inquiridos. Simultaneamente, são reportadas perspetivas positivas em todos os países das regiões Ásia-Pacífico e Américas.

Os dados completos de cada um dos 43 países e territórios incluídos no inquérito do terceiro trimestre de 2017, bem como as comparações regionais e globais, podem ser consultados na íntegra aqui. Os resultados do próximo inquérito serão divulgados a 12 de setembro de 2017 e revelarão as perspetivas do mercado de trabalho para o último trimestre do ano.

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