Mais flexibilidade, maior agilidade e capacidade de adaptação. São estas as características que a Randstad defende que o mercado de trabalho deverá ter no futuro para ser possível atingir competitividade e sustentabilidade. As ideias foram apresentadas pelo seu chief executive officer (CEO), Jacques van den Broek, durante o «Fórum Anual da OCDE», que reuniu líderes políticos, da sociedade civil e empresários esta semana (dias seis e sete), em Paris.
O líder global da Randstad apresentou a visão da empresa relativamente aos desafios do mercado de trabalho e a forma como as empresas estão a mudar nos painéis «The Gig economy» e «Inclusiveness in the Future of Work».
Segundo a Randstad, atualmente os serviços personalizados e on-line estão presentes nas empresas e afiguram-se cada vez mais fundamentais para o desenvolvimento global. A relação de trabalho tradicional está a ser substituída por uma diversidade de formas de emprego, mais ágeis e adaptáveis, ao mesmo tempo que se assiste ao aparecimento do conceito de economia on-demand. A flexibilidade laboral, no que concerne a contratos, tempo e localização, está no centro de uma nova realidade do trabalho marcada pela autonomia, direcionada para os resultados e orientada para os projetos.
Novas competências, impulsionadas pela inovação tecnológica, vão criar um número importante de novas oportunidades de emprego e novos mercados, enquanto os trabalhos ou as tarefas existentes desaparecerão ou serão redirecionadas. As mudanças nas competências, na organização do trabalho e nas relações laborais vão resultar num melhor equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, refletindo-se também no rendimento obtido. No entanto, apesar de todos os benefícios, há o risco de se criar uma polarização de competências, o que representará sérios desafios para o ajuste dos atuais quadros jurídicos, institucionais e de proteção social.
Segundo o CEO da Randstad, «todos deveriam ter acesso a um bom emprego, que forneça segurança ao nível do trabalho e de rendimento», sendo que «simultaneamente, os colaboradores e as empresas necessitam de flexibilidade na maneira como, onde e quando executam o seu trabalho». Mais: «Isso significa que o mercado de trabalho inclusivo e competitivo a que aspiramos para o nosso futuro deve ser ágil e adaptável. Ao combinar uma variedade de contratos de trabalho com sistemas de segurança social modernos e de empregabilidade acessíveis, podemos atingir esse objetivo e proporcionar um futuro sustentável para o maior número possível de pessoas.»
A Randstad foi o patrocinador gold do «Fórum Anual da OCDE», um espaço global de reflexão, discussão e partilha de conhecimentos sobre as tendências económicas, especialmente sobre o tema do capital humano. Este ano vários representantes da Randstad discutiram os resultados da última pesquisa da Randstad-IZA, «People to Jobs, Jobs to People», que salienta a necessidade de existir uma gestão da mobilidade global para colmatar as lacunas de competências no mercado de trabalho. O relatório completo está disponível aqui.