O Grande Auditório do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), em Lisboa, vai receber a 22 de maio a primeira edição do «Fórum Nacional para a Diversidade», evento que visa promover junto das organizações a «Carta Portuguesa para a Diversidade».
Eduardo Cabrita, ministro-adjunto, irá presidir à abertura. Já o encerramento ficará a cargo da secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino, e da secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes.
Isabelle Pujol, antiga gestora para a diversidade e inclusão da BP e fundadora da Pluribus Europe, consultora francesa na área da diversidade e inclusão, será uma das convidadas, para abordar exemplos de práticas para a inclusão dentro das organizações.
O evento contará ainda com a presença de Solat Chaudhry, fundador e diretor do Centro Nacional para a Diversidade, do Reino Unido, que dará a conhecer os prémios «Investors in Diversity», lançados para promover as melhores práticas de diversidade entre as organizações britânicas.
Iniciativa da União Europeia (UE), a «Carta para a Diversidade» tem sido adaptada pelos países-membros da UE às suas realidades, tendo como objetivo encorajar empregadores a implementar e desenvolver políticas de promoção da diversidade.
Em Portugal, a carta foi lançada em março de 2016, contando já com mais de 110 organizações signatárias, de todos os sectores empresariais.
Carla Calado, gestora de projetos na área da inclusão económica da Fundação Aga Khan e membro da Comissão Executiva da carta, assinalou: «Passado um ano do lançamento da ‘Carta Portuguesa para a Diversidade’, considerámos que estava na altura de alargar esta discussão. Queremos elevar e melhorar o debate sobre a diversidade e a inclusão em Portugal, fazendo com que todas as pessoas se sintam acolhidas e vejam o seu potencial valorizado dentro das organizações, simultaneamente tomando nas suas mãos a responsabilidade por um ambiente mais inclusivo.»
No dia do evento será ainda apresentado o «Selo da Diversidade», que irá premiar as organizações com as melhores práticas no reconhecimento, no respeito e na valorização da diversidade no local de trabalho. Todas as organizações poderão candidatar-se até 22 de julho, devendo os resultados ser conhecidos publicamente numa gala prevista para dia 10 de novembro.
A inscrição no «I Fórum Nacional para a Diversidade» está aberta a todas as organizações, signatárias ou não signatárias da «Carta Portuguesa para a Diversidade». Pode ser feita através do e-mail secretariado@cartadiversidade.com.
«Carta Portuguesa para a Diversidade»
A «Carta para a Diversidade», iniciativa da União Europeia, é um dos instrumentos voluntários criados com o objetivo de encorajar os empregadores a implementar e desenvolver políticas e práticas internas de promoção da diversidade. Descreve medidas concretas que podem ser tomadas para promover a diversidade e a igualdade de oportunidades no trabalho, independentemente da origem cultural, étnica e social, da orientação sexual, do género, da idade, de caraterísticas físicas, do estilo pessoal e da religião.
A «Carta Portuguesa para a Diversidade» surgiu em linha com os esforços encetados pela Comissão Europeia e com as prioridades da «Estratégia Europa 2020». A discriminação tem sido uma matéria à qual a UE tem dedicado especial atenção, nomeadamente na aplicação do princípio da igualdade de tratamento entre as pessoas, sem distinção de género (Diretiva 2006/54/CE, de cinco de julho de 2006) e origem racial ou étnica (Diretiva 2000/43/EC, de 29 de junho de 2000) ou no estabelecimento de um quadro geral de tratamento no emprego e na atividade profissional (Diretiva 2000-78-CE, de 27 de novembro de 2000). A carta conta atualmente com mais de uma centena de organizações signatárias. A Comissão Executiva é composta por: Alto Comissariado para as Migrações, Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, Instituto Nacional para a Reabilitação, GRACE, Fundação Aga Khan e ISCTE-IUL.