Com organização da IFE – International Faculty for Executives, vai decorrer no Centro de Congressos do Estoril a 29 e 30 de março a «Expo’RH 2017». Trata-se da décima sexta edição do evento, sendo o tema «Power to People». Pretexto para uma conversa com Raquel Rebelo, responsável em Portugal pela IFE.
Por António Manuel Venda
Como foi preparada a edição deste ano da «Expo’RH»?
Foi preparada com a habitual paixão e a habitual dedicação de uma equipa fantástica que tenho a sorte de liderar. Está no ADN da IFE, o olhar atento e a escuta permanente. Temos o privilégio de diariamente comunicar e estar com organizações, equipas reais, pessoas… Os temas, as dinâmicas, as propostas de debate, a escolha dos oradores, tudo resulta em grande parte deste contacto diário, deste olhar e desta escuta. Adicionalmente, o facto de pertencermos a um grupo internacional, a Abilways, permite-nos estar sempre em contacto e conhecer profundamente aquelas que são as grandes tendências e identificar onde estão os maiores desafios para as organizações, para aonde vamos e como faz sentido chegar até lá, tendo sempre presente e respeitando a especificidade de cada mercado, organização, pessoa, momento…
Há novidades que queira realçar?
Esta é uma edição em que, mais uma vez, a IFE se desafiou a inovar na abordagem dos temas propostos e na forma como estes serão apresentados, comunicados e partilhados. Surpreender, arriscar e sonhar também é aquilo que move a equipa que prepara este grande evento… Desta atitude resultaram novos formatos: «Share», «Listen» e «Tell», que darão forma aos diferentes momentos de partilha de conhecimento e experiência. O formato «Share» surge para partilhar e debater à volta da mesa o que os responsáveis de algumas empresas pensam, o que estão a fazer e que caminhos querem seguir. «Listen» é o formato para apresentar novos conceitos, novas metodologias, formas de aprender e interagir e responder às perguntas (o que é?, como fazer?, que resultados esperar?), com o objetivo de motivar e inspirar os assistentes para a mudança. Sob o mote «Tell», iremos dar a conhecer rostos e partilhar histórias reais que proporcionam aquela sensação agradável de que valeu muito a pena conhecer uma boa experiência e provocar a vontade, o «quero isto na minha organização».
Quanto a temáticas…
Sendo a essência da «Expo’RH» proporcionar momentos de benchlearning e peer-to-peer learning, vamos abordar temas da linha de prioridades dos gestores de pessoas, mesmo a nível internacional: worker experience, design thinking e o que significa cocriar e inovar nas organizações. E mais… Inteligência artificial – o que aproxima e o que provoca medos e receios; People analytics, mas também story brand e cultura de serviço; pool de líderes e onde está sentado o CEO[chief executive officer]? Para aonde caminha a aprendizagem, o que significa a expressão global learning; o que significa a corrente de self learning que identificamos no programa como «Je suis qui decide» vivido pelas gerações millennials, X e Z. Vamos ainda falar da cada vez maior necessidade de preparar as equipas para trabalharem de forma autónoma; da importância da comunicação e da escuta no funcionamento das equipas; do impacto das universidades corporativas no alinhamento das pessoas com a estratégia do negócio; de como é que a interpretação de dados permite tomar melhores decisões; e apresentaremos propostas diferenciadoras de benefícios e compensações.
E a área de exposição?
A área de exposição dará continuidade àquilo que se passa nas conferências, integrando as empresas mais inovadoras do sector que estão a encontrar formas de dar resposta às diferentes necessidades dos profissionais de recursos humanos, cada vez mais exigentes e próximos do negócio. Irá manter os espaços de aprendizagem que designámos por learning corners, onde daremos oportunidade aos participantes de treinar, de forma divertida, competências de eficácia, gestão de tempo, gestão de stress, trabalho em equipa, comunicação e serviço, bem como ter contacto com a metodologia design thinking para perceber o seu potencial no planeamento e na gestão de projetos.
O que é que está previsto em termos de acesso do público ao evento?
Este ano não haverá restrição de acessos. Percebemos que a política de acessos da edição passada causou algum desconforto e não foi bem entendida por todos, e neste sentido tomamos a decisão de manter as regras anteriores. Ou seja, todos os profissionais de recursos humanos e todos os responsáveis pela gestão de pessoas estão convidados a assistir ao evento, mediante pré-inscrição.
A ideia de «power to people», expressa no tema, tem em conta que perspetiva?
Exatamente aquilo que a expressão traduz, as pessoas; são elas que dão sentido às organizações e fazem acontecer. As organizações estão a dar cada vez mais poder às suas pessoas, ao dar-lhes mais autonomia, ao responsabilizá-los pela sua performance, ao dar-lhes a oportunidade de definir o que querem e quando querem aprender, ao trabalharem para que se sintam felizes no local de trabalho e ao valorizarem cada vez mais a sua opinião na definição da estratégia do negócio, envolvendo-as na construção do caminho futuro. É neste sentido que na edição deste ano vamos ouvir também a voz dos próprios colaboradores, as histórias, as experiências na primeira pessoa… Vamos conhecer e descobrir o que sentem, como experienciam a organização, que expectativas, que medos, que sonhos têm as nossas pessoas.
Como integram este evento e outros que realizam em Lisboa, no âmbito da gestão das pessoas, como os eventos em que têm apostado na cidade do Porto?
Toda a atividade da IFE está focada em potenciar o desenvolvimento da performance das pessoas e dos negócios, que integra momentos de peer-to-peer learning a que chamamos congressos, plataformas de aprendizagem informal como os blogs, as revistas e os portais web em vários sectores específicos, e formação em diferentes formatos (à medida, digital, inter-empresas, etc). Temos a sede em Lisboa, mas atuamos a nível nacional; assim, sentimos a necessidade de desenvolver uma estratégia de aproximação às empresas da zona norte, levando para o Porto alguns eventos, nomeadamente o «Porto RH Meeting», na sequência de um desafio da Câmara Municipal do Porto. Como referi, a escuta faz parte do nosso ADN, e no âmbito desse processo de escuta do mercado percebemos que as empresas sentiam falta de um momento de partilha local, mais focado nas suas especificidades. Temos aprendido imenso com esta presença, e é um privilégio para nós, IFE, estar no Porto, trabalhar com e para as organizações e as pessoas do Porto.
Nota: mais informações sobre a «Expo’RH 2017» aqui.
»»» Raquel Rebelo é country manager em Portugal da IFE – International Faculty for Executives. A IFE, filial portuguesa da multinacional Abilways, está em Portugal desde 1998, desenvolvendo a sua atividade em formação inter e intra empresas, congressos, salões e feiras profissionais e ainda publicações especializadas, nas mais diversas áreas de interesse para as organizações.