Impacto da transformação digital na função RH

A multinacional tecnológica Meta4 patrocinou um estudo sobre o impacto da transformação digital na função Recursos Humanos, cujos resultados mostram que esta é cada vez menos vista como focada na gestão administrativa dos colaboradores, tornando-se num departamento que conta na hora de tornar toda a empresa mais produtiva.

O estudo, elaborado pelo IIRH – Instituto de Informação de Recursos Humanos, mostra que atualmente a área da gestão das pessoas surge como uma ferramenta que faz aumentar o desempenho global das organizações. É visível uma crescente valorização das pessoas, a sua satisfação, a formação e a progressão como forma de tornar as organizações, sobretudo as empresas, mais completas, competentes e competitivas. E os responsáveis de recursos humanos participam cada vez mais nos concelhos de administração.

Outra conclusão importante tem a ver com a interferência o digital nos departamentos de recursos humanos. Os novos programas e sistemas, que correspondem às necessidades das empresas, vêm ao mesmo tempo acelerar a mudança de paradigma. Na sua nova tarefa, os gestores de pessoas têm como desafio a atração de talentos, o aumento do contacto com os colaboradores, a antecipação de necessidades de formação e o reforço do compromisso laboral.

Os inquiridos para este trabalho assinalam a importância dos projetos de transformação digital nas suas organizações, com 99% a responder que é imperativo para o sucesso dos negócios. Acrescentam ainda que a transformação digital é um processo em que não é possível voltar atrás. Os procedimentos que estão mais digitalizados nos departamentos de recursos humanos são o payroll, com 77%, a administração de pessoal, com 64%, e a avaliação de competências, com 56%. Dos inquiridos, 88% afirmam ainda que a transformação digital já é um ongoing job, contra 12% que dizem ainda não ter sido iniciada.

O estudo envolveu 740 profissionais de recursos humanos, sendo que 30% pertence a empresas com menos de 100 colaboradores, 55% a empresas com mais de 250 trabalhadores e os restantes 15% a empresas entre os 100 e os 250 trabalhadores. 71% dos inquiridos pertence a organizações com presença internacional e 51% são mulheres.