Interim management, uma nova realidade laboral

A Hays, multinacional de recrutamento de profissionais qualificados, revela que os profissionais precisam de pensar em novas realidades laborais, sendo que o mercado de trabalho está em constante processo de evolução e adaptação e também pelas dificuldades no que respeita à escassez de profissionais qualificados.

Como é mencionado no «Guia do Mercado Laboral 2019», da Hays, mais de metade dos profissionais emigrados gostariam de voltar a trabalhar em Portugal, no entanto não estão preparados para as realidades dos pacotes salariais e dos benefícios oferecidos pelas empresas, criando assim uma enorme necessidade de procura de outras soluções no mercado nacional. A ascensão da gig economy e a decadência do conceito do «emprego para a vida» também levam a discussões sobre novas realidades laborais em Portugal e uma maior disponibilidade para uma carreira mais fluida e com um maior nível de maleabilidade. Estes são alguns dos fatores que criaram a necessidade de uma nova realidade laboral, o interim management, assinala-se.

Esta nova realidade laboral prossupõe o planeamento e a implementação de objetivos de gestão de um ou mais departamentos de uma empresa por um período de tempo determinado.

Mário Gonçalves (na foto), head of interim management da Hays Portugal, revela: «O interim management é uma nova realidade laboral especializada em projetos temporários de perfis altamente qualificados, bastante comum em países com economias e mercados de trabalho mais maduros. No entanto, em Portugal ainda é uma realidade pouco conhecida, mas existe abertura.»

Este aspeto reflete-se no «Guia do Mercado Laboral 2019», quando 47% dos profissionais qualificados no ativo afirmam que desconhecem o conceito. No entanto, 39% dos profissionais no ativo admitem ter disponibilidade para aceitar projetos em interim management. Entre os profissionais no desemprego, verifica-se uma maior percentagem de disponibilidade em aceitar projetos em interim management (45%), mas também um maior desconhecimento deste conceito (50%).

Se por um lado os profissionais estão disponíveis para aceitar este novo conceito, por outro os empregadores não parecem estar muito recetíveis, pois 53% afirma que não consideraria recrutar colaboradores neste regime e só apenas 15% é que consideraria fazê-lo.

Segundo a Hays, algumas vantagens de optar por esta solução passam pela flexibilidade, onde podem assumir projetos de longo ou curto prazo consoante as necessidades especificas e a redução da carga administrativa.

O download do «Guia do Mercado Laboral 2019» da Hays pode ser feito aqui.