De Lisboa ao Alentejo, passando pelo Minho e pelo centro do país, a mão-de-obra estrangeira já faz parte da realidade económica portuguesa. Uma análise interna da Eurofirms – People First mostra que mais de 12 mil profissionais estrangeiros integram atualmente clientes da empresa em diferentes sectores e regiões. Com maior expressão surgem as comunidades do Brasil e Angola, que juntas representam 70% do total.
A presença destes trabalhadores é particularmente expressiva na Área Metropolitana de Lisboa (38%), na Área Metropolitana do Porto (13%) e na Zona Centro (28%), mas tem igualmente impacto no Alentejo, no Minho e na Zona Sul, evidenciando que o contributo estrangeiro é hoje transversal ao território nacional.
As funções variam de acordo com a especialização económica de cada região. Na Área Metropolitana de Lisboa, predominam serviços, hotelaria e restauração, com forte presença em funções de limpeza, apoio administrativo e restauração. Na Área Metropolitana do Porto, a mão-de-obra estrangeira integra de forma significativa a indústria transformadora e os serviços de apoio. Na Zona Centro do país, destacam-se atividades ligadas ao calçado e ao têxtil, enquanto no Alentejo sobressaem a agricultura e a restauração, fundamentais para a economia local. Já na Zona Norte, a procura incide sobre a indústria pesada e transformadora, incluindo funções como operadores de máquinas, serralheiros e soldadores. Na Zona Sul ganham expressão as funções ligadas à logística e ao armazenamento.
Do ponto de vista das nacionalidades, a análise confirma a predominância do Brasil (54,8%) e de Angola (15,5%), seguidos por comunidades da Guiné-Bissau (5,5%), de Cabo Verde (4,4%) e da Índia (6%). Enquanto os países lusófonos reforçam laços históricos e culturais, as comunidades do sul da Ásia têm assumido uma crescente relevância em sectores que exigem elevado volume de mão-de-obra, como a agricultura e a indústria.
Mão-de-obra estrangeira responde à falta de profissionais em Portugal
A análise confirma também que estes trabalhadores ocupam maioritariamente funções que, em muitas regiões, não encontram correspondência na procura nacional. No interior, por exemplo, a agricultura e a restauração dependem em larga medida de comunidades estrangeiras, enquanto na indústria do norte o recrutamento de profissionais qualificados em soldadura ou serralharia recorre cada vez mais a trabalhadores internacionais. Esta realidade mostra como a mobilidade laboral responde a lacunas específicas e garante a continuidade de sectores que de outra forma enfrentariam maiores dificuldades de operação.
Para a Eurofirms, este retrato confirma a relevância da mão-de-obra estrangeira dos clientes que acompanha. «A nossa experiência diária mostra que estes profissionais são hoje parte integrante do funcionamento das empresas em diferentes sectores. Num momento em que o enquadramento legal da imigração está a ser revisto, é fundamental garantir que Portugal continua a ser um destino atrativo para estes trabalhadores, cuja contribuição já é decisiva em sectores essenciais da economia», refere João Lourenço, Business Leader da Eurofirms Portugal. «A Eurofirms atua como catalisador deste processo, assegurando que a integração decorre com estabilidade e de forma sustentável, beneficiando trabalhadores e organizações», destaca ainda João Lourenço.
A Eurofirms – People First
O Grupo Eurofirms é a primeira multinacional espanhola de gestão de talento. Desde a sua fundação, em 1991, que assume como missão ajudar as pessoas a encontrar emprego e as empresas a encontrar colaboradores, colocando em prática uma abordagem simples, mas transformadora: «People first». As pessoas e o seu bem-estar são a prioridade e o epicentro da cultura da Eurofirms, que partindo de um modelo de liderança assente nestes valores procura a melhor combinação entre candidatos e empresas. Com uma presença internacional crescente, o grupo conta com uma rede de mais de 150 delegações em Espanha, Portugal, Itália, França, Chile, Brasil e Peru, onde providencia soluções de trabalho temporário, seleção de pessoal, outplacement, outsourcing e desenvolvimento pessoal na maioria dos sectores. Através da Fundação Eurofirms, tem promovido a integração de pessoas com algum tipo de deficiência ou incapacidade no mercado de trabalho, contribuindo para uma sociedade mais justa e equitativa, onde o talento está acima de qualquer limitação. Juntamente com a Eurofirms e a fundação, as filiais Claire Joster – dedicada a recrutamento especializado e headhunting – e CornerJob – um marketplace que reúne ofertas geolocalizadas – formam o conjunto de marcas que integram o grupo.
NOTA: imagem Eurofirms
