A Associação Portuguesa para a Diversidade e Inclusão (APPDI) está a iniciar um novo ciclo de liderança com a mudança de presidência, após sete anos de mandato de Paula Carneiro, em representação da EDP. O novo presidente é João Santos Tavares (na foto), do Banco BPI, que assume a direção da associação com um projeto focado na consolidação e na ampliação do seu impacto em Portugal. Paula Carneiro permanece na Direção, enquanto secretária Américo Nave, da Crescer, se junta como tesoureiro, e Susana Portas e Joana Santiago, da Natixis e da SEMEAR, respetivamente, entram como vogais.
A nova direção da APPDI para o mandato 2025–2027 combina décadas de experiência em recursos humanos, sustentabilidade, impacto social, inclusão de pessoas com deficiência, gestão organizacional e inovação social.
João Santos Tavares, que no Banco BPI é diretor executivo de pessoas e talento, afirma: «A APPDI está num ponto muito bonito da sua história. Temos quase 600 organizações comprometidas, projetos robustos, reconhecimento europeu e uma equipa que faz acontecer, e isso é mérito da Paula e da equipa que com ela trabalhou.» Refere ainda, apontando às ideias para este mandato: «Agora começa um novo ciclo. As prioridades passam por reforçar a sustentabilidade, ter uma voz pública mais forte, aproximar a rede e produzir mais conhecimento prático. Resumindo: consolidar o que construímos e assumir um papel ainda mais transformador na sociedade. A inclusão não se pode adiar, e o futuro começa todos os dias.»
Entre as prioridades estratégicas do novo mandato destacam-se o reforço da sustentabilidade, incluindo o reconhecimento como instituição de utilidade pública, a ampliação da voz pública da associação no debate nacional sobre diversidade, equidade e inclusão, a maior proximidade com a rede de associadas e signatárias e a produção reforçada de conhecimento prático, como guias, relatórios, módulos educativos e certificações.
Paula Carneiro encerra o seu terceiro mandato consecutivo na presidência com um legado transformador para a associação e para a agenda de diversidade, equidade e inclusão em Portugal. E partilha sobre os últimos sete anos: «O que sinto é que fizemos um caminho absolutamente transformador. Começámos praticamente do zero, com 233 signatárias da Carta Portuguesa para a Diversidade, nove entidades associadas e apenas uma pessoa na equipa. Hoje temos mais de 600 signatárias, mais de 120 entidades associadas, vários projetos financiados pela União Europeia e uma equipa estável, competente e muito dedicada. Passámos de associação embrionária para referência nacional e europeia em diversidade, equidade e inclusão. E isso dá-me um enorme orgulho.»
Na liderança de Paula Carneiro, a associação consolidou o impacto de iniciativas como o programa Engenheiras Por Um Dia – um projeto que promove, junto de estudantes do ensino básico e secundário a opção pelas engenharias e pelas tecnologias (áreas STEM), desconstruindo a ideia de que estas são áreas masculinas e contribuindo para aumentar a presença de raparigas e mulheres nestas áreas. O programa já impactou mais de 23 mil estudantes. Também lançou projetos como o DEI Summit, uma conferência nacional dedicada à DEI (diversidade, equidade e inclusão), que reúne organizações, empresas, sociedade civil e academia para partilhar práticas, debater desafios contemporâneos e promover a literacia em direitos humanos, inclusão e igualdade.