Um em cada 10 empregadores em Portugal quer apostar em contracting

De acordo com o Guia Hays 2025, um em cada 10 empregadores em Portugal planeia contratar profissionais em regime de contracting ou freelance este ano, refletindo uma crescente aposta em modelos de trabalho mais flexíveis e adaptáveis às exigências do mercado.

Este dado representa um ligeiro aumento face a 2024 e confirma a tendência de crescimento sustentado deste modelo de contratação, que se destaca como uma solução estratégica num mercado marcado pela escassez de talento qualificado – um desafio reconhecido por 85% das empresas inquiridas.

As principais razões apontadas pelos empregadores para recorrer a um regime de contracting incluem:

– resposta a picos de trabalho (63%);

– flexibilidade de custos com pessoal (42%);

– acesso a competências específicas para projetos pontuais (34%);

– dificuldade em encontrar colaboradores permanentes adequados (22%);

– necessidade de resposta a alterações legislativas (14%).

Mário Gonçalves, business director na Hays Portugal, refere: «Num mercado em constante evolução, o modelo de contracting permite às empresas manterem-se competitivas, ao mesmo tempo que acedem rapidamente a talento especializado. É uma abordagem que combina flexibilidade, eficiência e capacidade de resposta – três fatores críticos para o sucesso organizacional nos dias de hoje.»

Metodologia e temas em destaque

O Guia Hays é uma análise das principais tendências do mercado de trabalho qualificado em Portugal. A edição de 2025 baseia-se em dados recolhidos através de um inquérito anónimo realizado pela Hays em novembro de 2024, com a participação de 2.804 profissionais qualificados e 909 empregadores a operar em Portugal. A análise é complementada pelo conhecimento de mercado dos consultores da Hays, obtido através de milhares de entrevistas e processos de recrutamento.

A edição de 2025 está dividida em duas partes: uma análise das motivações, preferências e perceções de empregadores e profissionais sobre temas estruturantes do mercado de trabalho; e uma análise das dinâmicas de recrutamento e tabelas salariais por setor e função.

Alguns dos temas abordados nesta edição são os seguintes:

– atração e retenção de talento – foco estratégico para 2025, com muitos empregadores a priorizar a retenção;

– inteligência artificial (IA) – adoção crescente, mas com desafios e dúvidas;

– semana de trabalho de quatro dias – elevada aceitação, mas baixa expectativa de implementação;

– ascensão dos influencers e criadores de conteúdos – a opinião dos profissionais sobre novas formas de ocupação e rendimento;

– equidade no mercado de trabalho – impacto de fatores como género, idade e nacionalidade no acesso a oportunidades e remuneração;

– desafios geracionais – a geração Z é vista como a mais desafiante de gerir, enquanto os millennials são os preferidos para trabalhar.

Mais informações sobre o guia aqui.

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