Embora as fraudes de emprego sejam conhecidas há anos, a transferência dos processos de recrutamento para a Internet abriu caminho a novas técnicas de extorsão de dados e de fraude financeira, como são os casos mais recentes de WhatsApp scammers e esquemas de phishing. Promessas de grandes ganhos, recrutamento acelerado, cobrança de uma taxa de recrutamento ou necessidade de abertura de uma conta bancária são apenas algumas das práticas mais populares dos cibercriminosos que tentam extorquir dados pessoais ou dinheiro sob o pretexto de recrutamento. Em resposta a esta ameaça emergente, a Gi Group Holding acaba de lançar a campanha educativa e informativa «Não se deixe enganar!», que tem por objetivo sensibilizar os trabalhadores para a segurança na procura de emprego.
Uma em cada três pessoas já sofreu uma tentativa de extorsão de dados através de mensagens ou e-mails falsos e apenas 55,5% sabem como reagir numa situação destas, segundo dados da Personal Data Protection da Gi Group Holding Global.
A procura de emprego está muitas vezes associada a uma série de emoções, desde o entusiasmo por novas oportunidades profissionais até ao receio causado pela pressão de ser entrevistado por um potencial empregador. Isto aplica-se especialmente às pessoas que estão desempregadas ou numa situação financeira precária. Os cibercriminosos conhecem os «pontos fracos» das vítimas e as fraudes assumem várias formas, cada vez mais sofisticadas.
Nos últimos meses surgiram inúmeras as fraudes associadas a recrutamento. Os criminosos criam anúncios falsos e apelativos, por exemplo, de empregos muito bem remunerados com pouco ou nenhum tempo de experiência e publicam-nos em websites, nas redes sociais, ou comunicam-nas através de mensagens ou Whatsapp. Para tornar os anúncios muito credíveis, criam agências de recrutamento fictícias e perfis falsos nas redes sociais, utilizando frequentemente nomes semelhantes a agências de emprego conhecidas. Enviam também emails falsos com anexos que contêm malware ou ligações para websites destinados a roubar dados ou extorquir dinheiro.
Tiago Varanda, Marketing Director da Gi Group Holding em Portugal, assinala: «Por muito atrativa que pareça uma oferta de emprego, antes de responder a qualquer anúncio vale a pena investir algum tempo a verificá-la. Em primeiro lugar, é necessário certificar-se de que a empresa que está a recrutar existe. Durante a verificação, vale a pena procurar o nome da empresa num motor de busca, verificar os seus dados de contacto no website oficial e procurar referências on-line.»
Como evitar fraudes
Os criminosos que se fazem passar por recrutadores não seguem um padrão único. No entanto, existem red flags que, se forem reconhecidas, podem proteger as pessoas do perigo e dicas a seguir:
– O recrutamento é sempre gratuito para os candidatos: nunca devem ser fornecidos dados bancários aos recrutadores.
– Se o anúncio parece demasiado bom para ser verdade, provavelmente é fraude. É importante prestar atenção a quaisquer anúncios de emprego que não exijam qualquer experiência relevante, mas que promete um salário fantástico para as funções a desempenhar ou formas rápidas de enriquecimento.
– Nunca se deve fornecer informações sensíveis de identificação pessoal durante o processo de contratação, como números de segurança social, contas bancárias, entre outros.
– Não se deve clicar em ligações de aspeto suspeito que tendem a ser invulgarmente longas, nem se deve descarregar quaisquer tipos de softwares ou aplicações especiais. Se um e-mail parecer suspeito, o candidato não deve responder, poderá ser um cibercrime.
Tiago Varanda refere ainda: «Todas as fases do recrutamento profissional têm como objetivo a melhor correspondência entre o candidato e a função e cargo oferecidos. Os autores de fraudes aproveitam-se da incerteza ou desconhecimento dos candidatos, solicitando dados que não deveriam nem têm o direito de solicitar. É por isso que é tão importante educar os candidatos sobre a necessidade de verificar as informações, bem como sensibilizá-los para o funcionamento do processo de recrutamento.»
O rumo da campanha
Empenhada em consciencializar o mercado de trabalho para este perigo, a Gi Group Holding disponibiliza uma página dedicada à prevenção anti-fraude (ver aqui), onde o público pode saber mais sobre os sinais de alerta a ter em atenção quando são contactados por supostos recrutadores, o que fazer para evitar a fraude e como denunciar. Durante o ano, o grupo vai disponibilizar ainda mais informações nas redes sociais para servirem de alerta à população.
A Gi Group Holding
Fundada em 1998 em Milão, Itália, a Gi Group Holding é um dos principais fornecedores mundiais de serviços para a evolução do mercado de trabalho. Através de um ecossistema global de recrutamento e recursos humanos que conta com seis marcas individuais, mas complementares – Gi Group, Grafton, Wyser, Gi BPO, Tack/TMI, QiBit –, o grupo oferece um conjunto de soluções 360 graus que geram resultados relevantes e impactantes. Emprega mais de 8.000 pessoas e está presente em 34 países da Europa, da zona Ásia-Pacífico (APAC) e das Américas.
Nota: imagem Gi Group Holding