Líder internacional em Learning & Development, o Grupo Cegos, que em Portugal se apresenta como Cegoc, revelou os resultados do seu inquérito intitulado «Radioscopia aos Departamentos de Recursos Humanos». O estudo foi realizado em março de 2024 em nove países da Europa (França, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha, Reino Unido) e da América Latina (Brasil, México, Chile).
Esta edição inquiriu 5.052 colaboradores e 554 decisores de recursos humanos (RH) em organizações do sector privado e público com 50 ou mais colaboradores, sobre as questões e os desafios futuros em matéria de recursos humanos.
Em Portugal, e num contexto onde a maioria dos inquiridos é do sexo feminino (53%), as grandes conclusões do estudo são as seguintes:
– Grandes desafios ao nível da gestão de recursos humanos, com especial foco na atração e na retenção de talento:
. As principais dificuldades encontradas pelos responsáveis de RH são a reação e a resolução de emergências (70%), a necessidade de lidar com pressões crescentes (68%) e a adaptação a mudanças regulares na estratégia (66%).
. Os profissionais de RH enfrentam grandes desafios estratégicos em termos de atração e recrutamento de pessoal (55%), retenção de talentos (47%), apoio à transformação (37%) e desenvolvimento de competências (upskilling e requalificação), com 29%.
. Os profissionais de RH sabem que a sua função precisa de mudar – antecipam um maior empenho nas questões de SER (responsabilidade social empresarial, 37%) e mudanças nas ações ligadas à dificuldade de atrair e reter talentos, mudanças nas práticas de trabalho e nas expectativas das novas gerações (36% ).
– A Inteligência Artificial (IA) padece ainda de entraves no interior das organizações:
. Para 63% dos colaboradores, as equipas de RH apoiam desenvolvimentos tecnológicos, como a IA, a transformação digital dos empregos ou a digitalização da função de RH (média do estudo é de 68%).
. Embora a integração da IA seja uma questão estratégica para 22% dos especialistas em RH, 44% não prevê integrar IA nas suas práticas de RH (valor mais elevado do estudo).
– Especial atenção a aspetos decorrentes da Inclusão e Igualdade:
. 76% dos colaboradores considera desempenhar um papel no apoio ao desenvolvimento social (igualdade de género no local de trabalho, política de RH inclusiva, luta contra a discriminação…); média do estudo é de 81%.
. Na generalidade do estudo (a nível global), a qualidade de vida no trabalho (60% dos inquiridos de RH), o apoio ao desenvolvimento de profissões e competências (55%) e as questões de diversidade e inclusão (54%) têm um grande impacto no trabalho dos diretores de RH.
. É fundamental enfrentar os desafios sociais que as suas organizações enfrentam, ao promover um melhor equilíbrio entre vida profissional e a vida pessoal das suas equipas (60% no total, o melhor resultados do estudo) e tomar medidas para melhorar a saúde no local de trabalho (combate ao stresse e riscos psicossociais, 42%).
. Especial foco, também, no empenho e no desempenho dos colaboradores (56%).
– Embora a experiência dos responsáveis de RH seja uma mais-valia, os números em Portugal são dos mais baixos no todo do estudo:
. 60% dos diretores de RH estão na área de RH há mais de três anos e 12% têm mais de 10 anos de experiência; valores abaixo da média do estudo.
. 53% dos entrevistados afirmam trabalhar em RH há vários anos.
. 60% dos gestores de RH inquiridos planeiam estar no cargo dentro de cinco anos, um dos valores mais baixos do estudo.
O e-book do estudo completo pode ser acedido aqui.