Esta semana, dia 24 de maio, Ângelo Freire estará no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, num espetáculo que faz parte do ciclo «Há Fado no Cais», em coprodução com a EGEAC e o Museu do Fado
Texto: Redação «human»
Será pelas 21 horas de sexta-feira, dia 24, no Grande Auditório do CCB, num concerto acessível também com interpretação em língua gestual portuguesa. Ângelo Freire apresenta-se ao vivo no ciclo «Há Fado no Cais», numa coprodução que inclui EGEAC e Museu do Fado. O disco de estreia de Ângelo Freire leva o seu nome.
Ângelo Freire é fadista, guitarrista, compositor e produtor. Aos 11 anos venceu a Grande Noite do Fado na categoria «Juvenis» e poucos depois o concurso internacional «Bravo Bravíssimo». Virtuoso da guitarra portuguesa, tem acompanhado artistas como Ana Moura, António Zambujo, Carlos do Carmo, Carminho, Mariza, Mísia, Sara Correia, entre muitos outros. Consensualmente reconhecido como um dos mais brilhantes guitarristas da atualidade, tem recebido inúmeros prémios e distinções e o seu talento tem sido sucessivamente aclamado pelo público e pela crítica, dentro e fora de portas.
No final de 2023, apresentou o seu disco de estreia como intérprete, pela editora Museu do Fado Discos. Sobre este trabalho, diz Francisco Guimarães: «Pôr o fado no centro. É uma ousada missão a que os mais veneráveis e raros fadistas não souberam escapar. Ângelo Freire não é exceção, e carrega neste seu disco de estreia a responsabilidade de empurrar com o talento a história do fado para o presente e, assim, sem pretensão de o ser, torna-se excecional. Porque não é todos os dias que a queda natural para a música amadurece com esmero na mesma barrica do tempo, este disco é uma obra que revela a inteireza do artista, que é, por natureza, livre. Abraça a dádiva da tradição recusando fundamentalismos e aceita com humildade o passado, alimentando-se dele, do mesmo modo que arrisca novas composições, musicais e literárias./ E ainda que cada disco seja uma aventura do destino de cada um, e talvez seja por isso que Ângelo Freire decidiu contribuir brilhantemente, de sensibilidade musical na ponta do nariz e vocação nos dedos, com guitarra portuguesa, viola, voz e produção, cada disco, e este em particular, é também uma emersão conjunta de muitas coisas numa coisa só: a música. Sem regras, gavetas ou insuficientes adjetivações. A poesia popular e erudita (Saramago, por exemplo, é um dos poetas cantados), a mais antiga ou contemporânea, a introdução de novos fados com a matriz tradicional e novos poetas podem cantar em simultâneo, sem fronteiras ou limites./ Ângelo Freire, antes de começar, curvou-se diante da beleza. E assim sobressaiu num aguardado tratado musical./ Bravo, missão cumprida!»
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Nota: foto Luís Carvalhal, Museu do fado