O Grupo Tangível, especialista português em human-centered design, fechou o ano de 2023 com um volume de negócios de sete milhões de euros, num crescimento de 35% face ao ano anterior. O crescimento dos clientes internacionais contribuiu fortemente para estes resultados. O grupo Tangível tem atualmente clientes nos mercados de Angola, Israel, Alemanha, Espanha, França, Irlanda, Reino Unido e Estados Unidos.
André Carvalho (na foto, à direita), co-chief executive officer (CEO) do Grupo Tangível, assinala: «Os últimos anos foram difíceis para o sector tecnológico, em particular 2023, com vários layoffs, e mesmo assim o Grupo Tangível cresceu. A Tangível continuou a crescer devido ao seu know-how acumulado de 20 anos e à proposta de valor diferenciada face à concorrência, habitualmente mais generalista ou de menor dimensão.»
Para 2024, o grupo prevê a continuidade do seu crescimento sustentado, com um acréscimo do volume de negócios na ordem dos 27%, impulsionado sobretudo pela internacionalização. A expansão para mercados além-fronteiras vai continuar para vários países europeus, com particular foco no Reino Unido, nos Países Baixos, na Alemanha e nos países nórdicos, e ainda na América do Norte e no Médio Oriente.
«Está em aberto a forma como estaremos presentes nos vários mercados, seja de forma física, com escritório, seja através de parceiros, seja através de prestação de serviços à distância», refere André Carvalho.
Em 2023, o Grupo Tangível contratou mais de 40 profissionais para áreas relacionadas com user experience (UX) e desenvolvimento front-end.
Contratar 60 quadros especializados
Até final do ano, o Grupo Tangível pretende contratar 60 novos colaboradores para áreas como user experience (UX), desenvolvimento front-end e desenvolvimento de negócio. Existem ainda, de forma permanente, vagas em aberto nos sites da Tangível e da Hyphen.
José Campos (na foto, à esquerda), também co-CEO do grupo, partilha: «Estamos, sem dúvida, no bom caminho, e a evolução nos últimos anos foi significativa. Portugal começa a ter profissionais de UX em posições de algum relevo nas organizações, e que estão a fazer toda a diferença. Mas ainda temos um caminho a percorrer face aos mercados mais sofisticados, como Estados Unidos ou Reino Unido
Futuro passa pela IA
José Campos assinala ainda: «Para além da expansão geográfica, as oportunidades geradas pela inteligência artificial serão impulsionadoras do negócio do grupo e da área da experiência do utilizador (UX), em geral. A IA representa uma aceleração de todo o mundo da tecnologia e, consequentemente, dos negócios. As pessoas vão interagir cada vez mais com máquinas, e as organizações vão ter de trabalhar essa interação humano-máquina, para os seus produtos e serviços serem fáceis de usar, proporcionarem ótimas experiências, e é exatamente isso que o Grupo Tangível faz.»
Exemplo disto são projetos que o Grupo Tangível tem tido para trabalhar a interação por voz com serviços digitais, por oposição à clássica interação com teclado, rato e ecrã. Também tem assistido a um aumento dos projetos para melhorar chatbots e assistentes virtuais, no atendimento aos clientes.
«Todos estes são exemplos de interfaces com utilizadores e de experiências potenciadas por IA [inteligência artificial] que prevemos que vão contribuir para o crescimento do negócio do grupo nos próximos anos», perspetiva o responsável.
De referir que a Tangível é uma empresa pioneira em Portugal de consultoria em human-centered design (HCD). Faz parte do Grupo Tangível em conjunto com a Tangível Academy, para formação de profissionais na área de HCD, e com a Hyphen, especializada na colocação de talento em experiência digital, desde UX design a front-end development.