Cegid apresenta visão do futuro

Fornecedora com posição de destaque mundial em soluções cloud de gestão empresarial, a Cegid reuniu na semana passada mais de 150 parceiros na Estufa Fria, em Lisboa, no seu primeiro evento para parceiros e clientes Cegid, onde apresentou a sua visão do futuro e debateu sustentabilidade e a inteligência artificial.

Santiago Solanas, chief executive officer (CEO) da tecnológica para a região Península Ibérica, América Latina e África, reforçou o compromisso com os clientes e parceiros de Portugal, no evento Cegid Unlimited, o primeiro da marca desde a aquisição do Grupo Primavera.

No evento, dedicado à partilha da visão de futuro da empresa que contou com um debate sobre sustentabilidade e a inteligência artificial, o responsável da região assegurou: «O negócio dos nossos parceiros está a crescer rapidamente com a integração de serviços e produtos, junto de 500 clientes, e a entrada destes em países onde não operavam, mas que são abrangidos pela Cegid». Santiago Solanas reforçou «a aposta na proximidade e na inovação» e sublinhou os resultados da empresa: «Mantemos a nossa essência, com a mesma equipa, a mesma estratégia e os mesmos valores.»

Para o futuro, Santiago Solanas reforçou a aposta da Cegid na cloud e o foco nos parceiros, mas deixou claro: «Não queremos ser uma empresa que se destaca apenas pelos resultados, mas sobretudo pelo impacto que temos na sociedade.»

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Sustentabilidade e inteligência artificial como fenómenos complementares 

Durante o evento, realizou-se uma mesa-redonda com três oradores: Carlos Azevedo, professor e research manager do Centro de Investigação Católica Yunus Social Innovation Manager, da Católica-Lisbon, Ricardo Santos, cofundador e chief technology officer (CTO) da AssetFloow, e Sérgio Ribeiro, CEO e cofundador da Planetiers World Gathering. A moderação esteve a cargo de Marta Sobral, jornalista da SIC.

O debate colocou na agenda os temas sustentabilidade, impacto social e inteligência artificial. Antes, Santiago Solanas já tinha revelado que está a ser estudada a introdução da inteligência artificial generativa (como o Chat GPT) em aspetos como o apoio ao cliente, complementando o trabalho humano.

No debate, Carlos Azevedo citou boas práticas como o impact sourcing – a divisão de tarefas por localizações carenciadas onde a sua remuneração gera impacto social e considerou o posicionamento da Cegid «um bom exemplo de como posicionar a marca para colocar a tecnologia ao serviço da sociedade, uma solução que aproxima, resolvendo problemas éticos». O investigador sublinhou o mérito de a inteligência artificial generativa «trazer uma perspetiva humana» sobre a inteligência artificial.

Ricardo Santos referiu que «a possibilidade de resolver os problemas de sustentabilidade está mais nas empresas do que nas pessoas, individualmente». E deu o desperdício alimentar como exemplo de «incapacidade de prever o consumo do cliente» em que a inteligência artificial pode fornecer «uma análise mais proativa, em tempo real, para resolver a economia fantasma», que, segundo disse, representa mais de 10% da faturação das empresas.

Sérgio Ribeiro deixou claro que, nas empresas, a melhor forma de trabalhar a sustentabilidade é «não criar um departamento de ESG [environmental, social, and corporate governance] paralelo ao negócio, mas introduzir os critérios de ESG no negócio». As 500 árvores poupadas em 2023 graças à utilização da faturação eletrónica pelos clientes Cegid foi considerada «um bom exemplo visual, uma ótima forma de transmitir a mensagem» de integração da sustentabilidade no negócio.

Finalmente, Carlos Oliveira, presidente executivo da Fundação José Neves, na sua intervenção após a mesa-redonda, mostrou-se crítico da «transformação digital que não aconteceu» durante a pandemia e sublinhou «a desigualdade de custos», que impede alguns países de absorver tecnologias como a inteligência artificial, considerando que há muitos desafios que podem resolver-se com ela.

Como conclusão, ficou a mensagem de que a tecnologia deve servir para melhorar a vida das pessoas, da vida em comunidade, em sociedade, e de que não devemos prescindir da componente humana.

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