Vivemos uma época em que, por força do desenvolvimento tecnológico e da integração das tecnologias digitais nas atividades, é visível a aceleração do processo de obsolescência e desvalorização dos conhecimentos, habilidades e competências dos profissionais.
Texto: Diana Caldeirinha
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Especialistas preveem que em 2030 a maioria das tecnologias serão novas, pelo que, atualmente, nada sabemos sobre elas. Neste sentido, para lidar com esta nova realidade, as organizações procuram e precisam de colaboradores que consigam mobilizar os seus conhecimentos, competências e experiências para acompanharem as suas estratégias, cada vez mais desafiadoras, exigentes e inovadoras. Para tal acontecer, as hard skills já não são suficientes (até porque estas irão tornar-se obsoletas em pouco tempo).
São vários os estudos que evidenciam as soft skills como preditores de desempenhos diferenciados e de eficiência profissional. Além disto, têm a vantagem de ser transferíveis para os mais diversificados contextos socioprofissionais.
Os resultados das organizações e a sua competitividade decorrem da eficácia das suas equipas, ou seja, da forma como as equipas se adaptam aos novos conhecimentos, às novas exigências dos negócios e dos seus stakeholders. Gestores, dirigentes e líderes, cientes dos novos tempos, procuram colaboradores com competências como empatia, inteligência emocional, comunicação, assertividade, colaboração, liderança, capacidade de resolução de problemas, criatividade e inovação, entre outras, no intuito de construir equipas capazes de lidar com os novos e desconhecidos desafios.
Os resultados das organizações e a sua competitividade decorrem da eficácia das suas equipas, ou seja, da forma como as equipas se adaptam aos novos conhecimentos, às novas exigências dos negócios e dos seus stakeholders.
A formação e desenvolvimento das soft skills tendem a ocupar um papel fundamental nas organizações, acompanhando-as na promoção e disseminação da cultura organizacional. É com base nesta cultura que devem ser definidos e operacionalizados os percursos de aprendizagem. É imperativo que estes percursos estejam em linha com os objetivos e a estratégia de negócio, adaptados à realidade das pessoas e das equipas, e alinhados com a visão, missão e os valores da organização. Estando o desenvolvimento do negócio dependente das suas pessoas, deve ser responsabilidade da organização promover a aprendizagem ao longo da vida – pessoal e profissional –, potenciando um conjunto de competências que permitam aos seus colaboradores lidar com a emergência de contextos desconhecidos, num mundo BANI (acrónimo de Brittle, Anxious, Nonlinear, Incomprehensible).
A promoção de percursos de aprendizagem em soft skills é fundamental para a atração e retenção de talentos, mas do meu ponto de vista também de elevada importância para a felicidade das pessoas nas organizações.
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»»»» Diana Caldeirinha, Diretora, Formação Ispa