Na E-goi, empresa de tecnologia e marketing com sede em Matosinhos , o contexto trazido pela Covid-19 mostrou que «a menor dificuldade tem claramente a ver com a forma de estar antes da pandemia, que traz resiliência e maior conforto no inesperado», assinala Miguel Gonçalves, o CEO.
Texto: Redação Human
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A E-goi, com sede em Matosinhos, é uma empresa que cria soluções de comunicação digital para negócios de todo o mundo, sejam eles de pequeno, médio ou grande porte, para reforçar a relação com seus clientes. A principal solução da empresa é uma ferramenta automatizada de marketing multicanal.
Miguel Gonçalves, o chief executive officer (CEO), refere-se aos últimos tempos, marcados pela pandemia, como «muito desafiantes, mas muito positivos, de muita descoberta, aumento de confiança entre todos, e sabendo que vamos sair muito mais fortes desta fase, aproveitando o melhor das duas formas de trabalho». O responsável considera que «o trabalho remoto é claramente prejudicial em várias dimensões, quebrando a inovação, a criatividade, a empatia, até algum sentido de pertença, mas por outro lado tem imensos pontos fortes, e é nesse balanço da experiência forçada que tivemos, que vamos ganhar imenso», assegura.
Na empresa liderada por Miguel Gonçalves, o trabalho remoto já estava a ser implementado antes da pandemia, de forma a poder oferecer aos colaboradores maior flexibilidade e melhor equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional. «Full remote traz outros desafios, porque compreende a transformação de toda a dinâmica organizacional», diz o responsável, para logo partilhar: «Nós já tínhamos passado pela experiência, uma vez que temos uma equipa a colaborar connosco a partir do Brasil em full remote, e por isso já tínhamos idealizado e planeado toda a estrutura. Assim, temos a felicidade de sermos uma empresa tecnológica e com grande capacidade de adaptação em termos de processos, mas sobretudo em termos de pessoas. Uma medida interessante é a de partilha interna de histórias pessoais, de modo a ir-nos conhecendo-nos melhor e rirmos um pouco, mesmo que em frente do ecrã.»
O CEO da E-goi refere que na empresa «as pessoas são o principal foco», assinalando que não esquecem «a dificuldade de gerir toda uma vida pessoal e profissional dentro do mesmo espaço, 24 horas por dia». E acrescenta: «Como resposta, uma das ações que desenvolvemos foi um programa de formação na área de liderança para que os nossos gestores tenham as ferramentas necessárias para lidar com os desafios que as pessoas nas suas equipas estão a sentir. Construir equipas cada vez mais fortes, com grande proximidade e laços emocionais estabelecidos foi a nossa primeira resposta para estarmos atentos às nossas pessoas e às suas motivações. Estamos cá para escutá-las e ajudar a resolver os problemas de cada uma. Ainda no contexto motivacional, avançámos com um programa centrado no desenvolvimento de carreira de cada colaborador, enfatizando o reconhecimento, a valorização e a realização profissional.
A empresa desenvolveu também um programa interno que aposta em bem-estar e satisfação, programa esse que compreende várias dimensões, desde a saúde física (com a oferta de aulas de ginástica duas vezes por semana) a desenvolvimento de carreira e parte social, com a realização de várias atividades lúdicas e de responsabilidade social. Para além disso, «o Departamento de Recursos Humanos faz acompanhamentos individualizados para apoiar os colaboradores nas suas fragilidades», assinala Miguel Gonçalves, referindo ainda que ao nível de segurança se focam em medidas preventivas recomendadas pela Direção Geral da Saúde.
No último ano a empresa contratou mais cerca de 50 pessoas e Miguel Gonçalves diz que não considera esse ano como o mais desafiante. E explica: «Não posso dizer isso, porque a empresa nasce com apenas algumas pessoas, tudo é muito difícil durante muito tempo, e agora, mesmo com os obstáculos inesperados que nos atiram para a frente, conseguimos dar a volta porque mantemos o espírito lá de trás, com muita vontade, mas com uma equipa muito maior, mais capaz e preparada. A menor dificuldade neste período tem claramente a ver com a nossa forma de estar antes da pandemia, que traz resiliência e maior conforto no inesperado.»
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E-goi
Sede: Matosinhos
Atividade: Tecnologia e marketing
Colaboradores: 120; com estagiários, 130
Colaboradores em trabalho remoto durante o período de pandemia: todos, durante o confinamento obrigatório, com exceção de cerca de 10 pessoas da manutenção das instalações e da área de sistemas
Opção por lay-off durante o período de pandemia: ND
Média de idades: 33 anos
Colaboradores com formação superior: 82,29%%
Mulheres em cargos de direção: 30%
Salário médio: ND
Antiguidade média: 4 anos
Site: https://www.e-goi.com