«O crescimento da formação à distância foi notório a partir de março de 2020», diz Cláudia Vicente, diretora da Galileu. Na empresa, o número de formandos em cursos de e-learning em 2020 foi 37 vezes o de 2019, e na formação remota síncrona (live training) o crescimento de formandos foi de quase 1.900%.
Texto: Redação «human»
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Podem destacar alguns projetos de e-learning que tenham desenvolvido nos últimos meses?
Lançámos o curso Microsoft Teams, que coincidiu com o primeiro confinamento e a consequente entrada em teletrabalho de milhares de portugueses, devido à pandemia Covid-19. Tomámos a decisão de oferecer gratuitamente o curso durante os primeiros meses, tendo contado com mais de 10 mil formandos nesse período. Recentemente, este curso foi reforçado com um módulo de Reuniões.
Na nossa oferta formativa de e-learning destacamos a possibilidade de recorrer a apoio individual de formadores (agora 100% remoto, mas igualmente próximo e com o objetivo de esclarecer as dúvidas daquele formando em particular).
Temos aliás desenvolvido diversos projetos à medida em blended learning, onde juntamos módulos de e-learning e as suas componentes interativas, multimédia e de gamification, com módulos de formação remota síncrona (live training) e/ ou presencial, respeitando todas as regras e normas definidas pela DGS [Direção Geral da Saúde].
Em toda a nossa oferta de carreiras profissionais (percursos de média/ longa duração que preparam para uma profissão), as metodologias de formação foram adaptadas e enriquecidas para a transição de formação presencial para formação remota com alguns módulos de e-learning, por exemplo.
O ambiente da pandemia veio dar um impulso significativo às atividades de formação à distância?
O crescimento da formação à distância foi notório a partir de março de 2020. Na Galileu, o número de formandos em cursos de e-learning em 2020 foi 37 vezes o de 2019, e na formação remota síncrona (live training) o crescimento de formandos foi de quase 1.900%.
Apesar de a Galileu já disponibilizar formação à distância há bastante tempo, a pandemia levou a que até os mais resistentes aderissem a estas soluções, tanto no mercado particular como no empresarial. Nesse sentido, e tendo em conta que praticamente toda a formação passou a ser ministrada à distância, acreditamos que muitas organizações e profissionais irão procurar e aderir mais facilmente a estas modalidades no futuro.
Quais foram os desafios mais estimulantes que tiveram nestes tempos?
Foi necessário ajustar a estrutura que suporta a formação à distância à sua atual dimensão. De um dia para o outro, toda a atividade de formação passou a ser 100% remota, sem grandes sobressaltos, e isto só foi possível devido ao histórico e à prática da Galileu na formação à distância e à preparação das suas equipas técnica, pedagógica e operacional.
Por outro lado, foi bastante desafiante e estimulante ajustar a oferta ao que as organizações e os profissionais procuravam, especialmente tendo em conta as restrições impostas. Esse ajuste foi feito a todos os níveis: conteúdos/ temáticas, metodologias, plataformas, horários…
O final da pandemia poderá levar a um decrescimento significativo da formação à distância?
O fim da pandemia permitirá o regresso da formação presencial e, portanto, será natural um decréscimo da formação à distância. Mas tal como acontecerá com o teletrabalho, acreditamos que, tendo experimentado as soluções de formação à distância e conhecendo melhor as suas vantagens, muitos profissionais e muitas organizações terão no futuro uma maior predisposição para optar por estas soluções, que continuarão à sua disposição.
Como se posiciona a Galileu neste contexto?
A Galileu estará sempre disponível para apoiar a transição para o digital de pessoas e organizações, diagnosticando, compreendendo a necessidade e implementando soluções que permitam o crescimento urgente e obrigatório das competências de todas as pessoas.
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»»»» Cláudia Vicente é diretora da Galileu, empresa especialista em formação, do grupo Rumos: Knowledge Sharing. Fundada em 1991, a Galileu conta atualmente com uma rede de centros em Aveiro, Lisboa e Porto. Os centros de formação Galileu são acreditados pelas principais software-houses internacionais, garantindo a qualidade da formação oferecida. A vontade de fazer sempre melhor e a procura constante de aperfeiçoamento levou a empresa a estabelecer uma extensa rede de parceiros de formação, apresentando uma das mais extensas e variadas ofertas formativas do mercado, da microinformática na ótica do utilizador até cursos certificantes em áreas especializadas das tecnologias de informação (TI), competências empresariais ou pessoais e formação em soft skills, entre outras.