Em vésperas de um novo confinamento, muitas são as questões e os desafios que se avizinham. Se em março não sabíamos o que nos esperava, hoje já temos uma leve ideia de como vão ser as próximas semanas.
Texto: Patrícia Barardo
Dizem os entendidos que o facto de conhecermos o «desconhecido» (leia-se, o futuro) pode aliviar os nossos níveis de ansiedade. A verdade é que nem sempre isso acontece. Apesar de já termos vivenciado algo semelhante ao que está prestes a acontecer, e de sabermos o quão desafiante e difícil é (vamos mesmo usar esta expressão), gerir uma potencial mudança de rotinas, novas logísticas, novas formas de estar, é, para qualquer ser humano, motivo mais do que válido para sentirmos aquele «frio na barriga» – e não é só por causa das temperaturas baixas que se fazem sentir.
Se esta pandemia levou as empresas, em meses, a alterarem metodologias de trabalho que numa situação normal demoraria anos a serem implementadas, é mais do que imperioso que nas próximas semanas estas empresas estejam atentas aos seus colaboradores.
Falámos recentemente de «amor» na relação que os líderes podem ter com os seus colaboradores. Por isso, mais do que nunca, esta relação de proximidade, e essencialmente de cuidar, deve estar na ordem do dia.
E o dever de cuidar é de todos – entre pares, entre líderes e colaboradores, entre colaboradores e líderes. Todos temos este dever de cuidar, pois todos temos o direito de sermos cuidados. E como?
– Perguntarmos uns aos outros como estão.
– Escutarmos de forma genuína as respostas.
– Sermos honestos nas nossas respostas.
– Demonstrarmos disponibilidade para ajudar no que estiver ao nosso alcance.
– Respeitar os períodos de dia em que cada um é mais produtivo.
– Focarmo-nos na solução e não no problema.
Há «frios na barriga dos outros» que não nos fazem sentido. E essa é somente a oportunidade de excelência para sermos empáticos, mostrando esse lado mais compreensivo que todos precisamos nestas fases.
Na GO Coaching, em sessões de coaching individual ou de grupo, trabalhamos com os líderes e os colaboradores como podem trazer ao de cima este cuidar e implementar estratégias para aumentar os momentos de conexão genuína entre todos.
»»»» Patrícia Barardo é psicóloga coach e consultora de recursos humanos na GO Coaching