APSTE com nova ação de protesto a 8 de setembro 

A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) anunciou que irá levar a cabo, no próximo dia oito de setembro, no Porto, uma nova ação de protesto, pacífica e organizada, com o intuito de chamar a atenção do Governo para as dificuldades trazidas ao sector pela pandemia de Covid-19 e que tornam eminente o desaparecimento de mais de 170 empresas que geram 1.500 postos de trabalho diretos e 3.000 indiretos.

A decisão surge após uma reunião com o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, no passado dia 13, da qual os responsáveis da APSTE saíram com a evidência de que existe um total desconhecimento em relação aos atuais problemas de uma área de atividade que necessita urgentemente de medidas específicas para mitigar os impactos da falta de trabalho que marca o presente das empresas do sector.

Pedro Magalhães, presidente da APSTE, referiu «Foi com enorme esperança que nos deslocámos ao Ministério da Economia para sermos recebidos pelo secretário do Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor. E foi com uma mão cheia de nada, e um enorme sentimento de frustração, que de lá saímos. Continuamos a não existir para este Governo.»

Esta reunião com o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor surgiu, a convite do próprio Ministério da Economia, após a manifestação original realizada pela APSTE, no passado dia 11 de agosto, na qual iluminaram o Terreiro do Paço, em Lisboa, com a projeção em videomapping de imagens simbólicas de protesto para com a atual situação das empresas do sector.

Pedro Magalhães referiu ainda: «As denominadas medidas de apoio à retoma para empresas são consideradas pelo Governo suficientes para sobrevivermos a esta fase. Medidas de retoma…Qual retoma? Só mesmo quem não tem conhecimento do nosso sector, e do peso que este tem no turismo e, consequentemente, na riqueza produzida para este país, é que pode afirmar que estas medidas são acertadas. Fizemos e refizemos as nossas contas e estas medidas apenas levam a um cenário de encerramento de empresas e aumento do desemprego. Provavelmente, a nossa ação não foi entendida. Teremos que mostrar de forma mais abrangente quem somos e quantos somos. Sempre de forma pacífica, organizada e, claro, criativa, mas queremos mostrar que permanecemos fortes e, acima de tudo, unidos. A defender as nossas empresas e todos aqueles que delas dependem para viver.»