A edição 19 da «Expo RH» construiu na passada semana uma nova história nos eventos de recursos humanos e reinventou o modelo presencial que desde sempre caracterizou o evento. Este ano num formato 100% digital («Expo RH Live») foi possível a cerca de 2.000 profissionais de recursos humanos estarem «juntos». Num momento particularmente difícil e exigente na vida de pessoas, empresas e negócios, foi a oportunidade de manter vivo o vínculo fundamental para quem diariamente lida com as pessoas das organizações. Foi dada voz a experiências inspiradoras, foram partilhados receios, apontados caminhos e tendências, a aprendizagem foi protagonista e, acima de tudo, houve espaço para experienciar.
Mais de 50 oradores, representantes de inúmeros sectores de atividade, surpreenderam com abordagens diferenciadoras daquilo que está a ser feito dentro das organizações e de como hoje podemos estar a lidar com a oportunidade de trabalhar com as pessoas de forma mais criativa, mais desafiante e em simultâneo acentuar a responsabilidade e autonomia dos profissionais. Falou-se da construção de laboratórios vivos de conhecimento, que aproximem empresas, instituições, ensino superior e futuros profissionais e de novas competências, de agilidade, design thinking, data science, sustentabilidade e empreendedorismo.
Matteo Rizzi, o autor do livro «Talents & Rebels», desafiou os profissionais de recursos humanos a não terem receio de incluir nas suas equipas os «rebeldes», aqueles que têm pensamento crítico e criativo, que juntam peças que aparentemente não encaixam e que, no entanto, geram oportunidades e fazem crescer as empresas.
Os desafios do teletrabalho, o papel da tecnologia em todos os processos e as experiências do novo workplace foram muito discutidos ao longo dos cinco dias do evento, com espaço para debater os pilares das organizações, os valores, a missão, o propósito que move líderes e que deve contagiar colaboradores. E nesta relação líderes e colaboradores, Raquel Rebelo, chief executive officer (CEO) da IFE, entidade organizadora, partilhou o que significa escrever a história da empresa e como isso é feito em conjunto com as equipas.
O momento multi-model que vivemos, a aprendizagem como uma experiência social e sensorial, em que todos os nossos sentidos são chamados a intervir, foram destacados na intervenção de Marion Breuleux, diretora de inovação do Grupo Abilways.
Ao evento não faltou a ciência, com as intervenções no âmbito da neurociência e da biologia e a ponte para os recursos humanos, temas abordados pela investigadora principal de neurociências da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), Diana Prata, e por Rui Oliveira, investigador principal no Instituto Gulbenkian de Ciência.
No formato 100% digital, os participantes nesta edição da «Expo RH» foram envolvidos em momentos de teatro trazidos pelo Teatro da Garagem, música, com a intervenção da banda da Cofidis, mindfulness… Fazendo acontecer a human experience prometida pela organização. Tudo isto ilustrado em infografias que traduziram em desenhos o que se ouviu, viu e sentiu.
Números em destaque
* + de 1.900 participantes na «ExpoRH Live»;
* 4.777 medalhas atribuídas a todos aqueles que participaram nos desafios de gamification propostos pela organização;
* 11.909 mensagens trocadas entre os participantes do evento;
* 115 partilhas no mural do evento, entre vídeos, fotografias e mensagens;
* classificações médias de oradores e sessões: 4.6 em 5.