Quando falamos de felicidade nas organizações, é incontornável encontrarmos autores como Baker, Greenberg e Hemingway, que referem que a felicidade organizacional tem como base comportamentos (não emoções) e que é fruto de um pensamento estratégico.
Por Adelino Cunha
Baker, Greenberg e Hemingway definem uma organização feliz como aquela em que cada indivíduo, em todos os níveis hierárquicos, tem um conjunto de pontos fortes, trabalha em equipa para um objetivo comum, obtém satisfação quando desenvolve novos produtos ou serviços de qualidade e, através deles, consegue proporcionar uma diferença positiva na vida de outros indivíduos.
Desde cedo sonhei ter uma empresa onde muito do que de mau acontece pudesse ser minorado e, se possível, eliminado.
Ao criar a Solfut, estruturei-a apostando em algumas vertentes que vão ao encontro deste modelo de desenvolvimento das pessoas e das organizações, porque sendo o trabalho a faixa de tempo em passamos muita da vida concebo que o possamos fazer com alegria e felicidade.
Alguns pontos que implementámos:
– no recrutamento, identificamos e ajudamos a descobrir os sonhos de cada pessoa e o que a fará feliz;
– contratamos pessoas dispostas a realizar os seus sonhos e a lutar por eles e a quem faça sentido integrar a equipa;
– definimos um conjunto de valores, que praticamos a todos os níveis e que, sendo violados, implicam saída da empresa (já aconteceu e até com pessoas com responsabilidade na empresa que ou saem ou se demitem, porque a violação dos valores anula a confiança para que haja uma equipa motivada, feliz e concretizadora).
– a liderança é pelo exemplo e é uma prática que temos de garantir (nenhum cargo, nem os de gestão, podem estar acima da visão e dos valores que, mais do que falados, têm de ser praticados);
– desenvolvemos eventos periódicos que trabalham a aprendizagem contínua e o reconhecimento, lacuna na maior parte das empresas;
– o nosso Código de Conduta incorpora comportamentos que estimulam a criatividade, a inovação, o compromisso, a humildade e a solidariedade, o que nos torna uma equipa geradora de projetos, inovadora e onde se sente um ambiente de fundo positivo e cada dia de maior conexão, cumplicidade e entreajuda.
Mais comportamentos fazem parte desta forma de trabalhar e algumas vezes demora algum tempo a integração de quem chega, porque a maior parte da envolvente é muito diferente. É o caminho certo, e isso faz com que tenhamos um ambiente feliz, descontraído mas sem ser anárquico, em que a cola que nos liga é feita da nossa visão, da missão que definimos e dos valores que praticamos.
Parece utopia, mas é a realidade; esta forma de trabalhar é a melhor.
Muitas pessoas estão felizes em casa e ficam chateadas quando vão trabalhar. Eu às vezes de manhã estou com sono porque me deito tarde ou até chateado com algo que acontece no caminho para a empresa, mas quando chego ao nosso primeiro excellence center, no Porto, ou quando me encontro com os nossos consultores na Cidade do Luxemburgo, em Lisboa ou em Paris, mudo passado algum tempo porque adoro estar com eles e viver este sonho apaixonante.
É tão diferente! Mas é possível. Dá é algum trabalho…
»»» Adelino Cunha é chief executive officer (CEO) da Solfut – I Have the Power. Esta empresa tem atuação nas áreas do desenvolvimento pessoal e do coaching através de um portfólio de formações em que se destacam: «Expandir Limites»; «Alto Desempenho com PNL»; «Certificação Internacional de PNL»; «Alto Desempenho com Coaching»; «Certificação Internacional em Coaching»; «Alto Desempenho em Vendas com PNL»; «Gestão de Tempo»; e «Liderança e Motivação de Equipas de Alto Desempenho». É uma empresa de treino de pessoas para o êxito, que criou a marca I Have The power em 2002. Sedeada no Porto, conta com clientes em dezenas de países. Adelino Cunha, o fundador, tem aprendido com os melhores do mundo: Anthony Robbins, Richard Bandler, Paul McKenna e John Lavalle, por exemplo. Autor de diversos livros, é coach e orador motivacional reconhecido a nível nacional e internacional, integrando o grupo de trainers de elite de Richard Bandler, cocriador da PNL. Tem assumido palestras sobre a utilização da PNL na liderança e no desenvolvimento pessoal em inúmeros países.