O processo de gestão estratégica é uma realidade que ainda requer melhorias nas empresas portuguesas. Um estudo da ARTSOFT, desenvolvido até janeiro de 2025, revela que mais de 55% dos empresários portugueses consideram que a gestão das suas empresas necessita de aperfeiçoamentos, nomeadamente ao nível do planeamento e da análise de resultados – fatores fundamentais para a sustentabilidade empresarial.
Texto: Inês Sousa Imagem: Freepik
Encontramo-nos na reta final de 2025, uma altura crucial para avaliar os resultados do ano que termina e planear 2026.
Um dos principais objetivos do planeamento estratégico é permitir que a gestão de um negócio ou serviço analise a sua situação atual e defina como pretende que este se encontre no futuro, traçando no presente o caminho a seguir para alcançar esse futuro desejado.
Em termos práticos, esta reflexão estratégica culmina na elaboração de planos de ação, com objetivos e iniciativas que devem ser implementados para concretizar os objetivos estratégicos definidos. Estes planos devem traduzir, para cada objetivo estratégico, metas quantificáveis e exequíveis, acompanhadas de iniciativas de implementação, indicadores de controlo e monitorização, recursos humanos, materiais e financeiros envolvidos, bem como a respetiva calendarização.
Transpondo este raciocínio para as organizações que prestam serviços de formação profissional, um dos requisitos fundamentais do referencial de qualidade do Sistema de Certificação de Entidades Formadoras, regulado pela DGERT – Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, prende-se com a implementação de práticas que evidenciem os princípios do planeamento estratégico aplicados ao serviço de formação. Estas práticas concretizam-se através da conceção e da execução do documento designado como Plano de Atividades.
Paralelamente ao planeamento estratégico da atividade formativa, é igualmente essencial que exista empenho na prossecução dos objetivos definidos e acompanhamento permanente da execução, assente em indicadores de monitorização que sustentem a revisão da atividade e a gestão da melhoria contínua.
Os princípios do planeamento e da avaliação estratégica, no âmbito do Sistema de Certificação DGERT, assumem-se como ferramentas de apoio à gestão estratégica das entidades formadoras.
Neste contexto, o Sistema de Certificação da DGERT prevê que o ciclo de gestão, iniciado com a planificação e a conceção do Plano de Atividades, se encerre com a avaliação global da atividade formativa desenvolvida, materializada no documento Balanço de Atividades. Este deve incluir a análise dos resultados alcançados, a avaliação do grau de cumprimento dos objetivos e das metas (em comparação com o planeado), a identificação de áreas de melhoria resultantes das análises efetuadas e a integração das ações de melhoria no planeamento do novo ciclo de gestão.
Desta forma, os princípios do planeamento e da avaliação estratégica, no âmbito do Sistema de Certificação DGERT, assumem-se como ferramentas de apoio à gestão estratégica das entidades formadoras. Tal como acontece com outras organizações portuguesas referidas no início, também estas entidades têm ainda espaço para melhorias a este nível, assegurando assim a sua sustentabilidade e a sua competitividade.
Na B-Training Consulting, no âmbito dos serviços associados à obtenção e à manutenção da Certificação DGERT, procuramos contribuir para o alinhamento dos nossos clientes com os princípios da gestão estratégica, reforçando a qualidade e a eficácia dos seus serviços de formação.
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Inês Sousa, Manager da B-Training Consulting

A B-Training Consulting é um projeto que resulta da forte experiência dos seus fundadores nas áreas de formação de adultos e gestão estratégica. Baseada em Lisboa, é uma marca registada da empresa Gesperitus – Consultoria de Gestão e Formação Lda, fundada em 2005.
