António Matos, do Grupo Egor

«Portugal é atrativo para projetos de IT em outsourcing.»

Texto: Redação «human» Foto: DR

O que destaca na atividade Egor em termos de outsourcing, sobretudo através da sua marca Synchro Tech?

A Synchro trabalha na área de atividade nos mais diversos sectores, tendo tido a necessidade de se articular por verticais de atuação, geridos por profissionais da área altamente competentes. Na área de IT [tecnologias de informação] criámos a marca Synchro Tech em que destacamos a nossa duplicidade de valências: outsourcing e recrutamento especializado. A nível de recrutamento, recrutamos em Portugal e efetuamos recrutamento internacional em que gerimos todo o processo legal dos consultores para estarem em Portugal para iniciarem funções no cliente.

A Synchro é uma marca nova no grupo, a par de outras. Como tem sido o seu percurso e a sua integração no universo Egor?

A criação de uma marca nova é sempre um desafio. No nosso caso, tínhamos a vantagem de uma longa experiência no Grupo Egor, quer em recrutamento especializado, quer na área de outsourcing. O desafio desta nova marca foi juntar as duas valências numa única marca de forma a potenciar a oferta que disponibilizamos aos clientes e a candidatos e colaboradores. O percurso tem sido extremamente positivo e sustentado, conseguindo que a marca seja reconhecida pelo mercado e pelos candidatos, e ainda garantiu um espaço próprio no ecossistema do Grupo Egor.

Que áreas têm estado mais em evidência no outsourcing, sobretudo nas solicitações que vos têm sido feitas?

Na área de IT, as solicitações têm sido diversas, mas posso destacar as áreas de Desenvolvimento, Infraestrutura, Business Intelligence, Artificial Intelligence, ERP (enterprise resource planning) e Management & Quality como centrais no negócio. 

Para que tipo de empresas têm disponibilizado soluções de outsourcing?

Há um grande conjunto de empresas de variados sectores que procuram recorrentemente soluções de outsourcing de IT, como por exemplo o sector Automóvel, o Retalho, a Banca, os Seguros, a Indústria, e as Telecomunicações.

Estamos a falar de que números, em termos de pessoas envolvidas?

Neste momento, a Synchro Tech tem cerca de 50 consultores colocados e já concretizou com sucesso mais de 40 processos em recrutamento especializado.

Geograficamente, onde desenvolvem estas pessoas a sua atividade?

Uma particularidade deste tipo de recrutamento é a globalização do processo de recrutamento, devido à grande especialização de algumas áreas, o que nos permite recrutar consultores em todo o mundo. Depois, em Portugal os consultores estão espalhados pelo país, mas ainda prevalecem geograficamente as áreas de Lisboa e Porto.

O trabalho remoto é significativo?

Sem dúvida. Porém, as empresas começam a privilegiar o trabalho híbrido – ou seja, uma a duas vezes por semana no escritório –, para trabalhar as relações humanas e trabalhar o sentimento de pertença dos colaboradores à organização. E algumas empresas consideram que a criatividade e a forma de encontrar soluções para problemas decresce quando os colaboradores estão exclusivamente em trabalho remoto.

Que perfis de profissionais pode destacar nos projetos que têm desenvolvido mais recentemente?

A estrutura da SynchroTech alberga diferentes perfis altamente especializados, mas posso destacar alguns: Desenvolvimento back-end, front-end e fullstack nas mais diferentes tecnologias; Cloud AWS, Azure e Google Cloud; administração de sistemas Linux e Windows; cybersecurity e profissionais de virtualização; áreas SAP e Oracle; Data Science, Engineering e Analysis; Machine Learning, Deep Learning e Power Platform; testes funcionais e automáticos; project managers; poduct owners; tech leads; business analysts; masters em Scrum; e arquitetos de software.

Como olha para o outsourcing como solução de gestão do talento nas empresas?

As vantagens do outsourcing são múltiplas, sendo que no caso do IT destacaria duas: o acesso a expertise especializada – a empresa cliente acede a habilidades e conhecimentos especializados que pode não ter disponíveis internamente, o que origina uma maior eficiência e qualidade nos processos terceirizados; e a flexibilidade de mão-de-obra – o outsourcing permite que uma empresa ajuste rapidamente a sua capacidade de produção ou de serviços de acordo com as necessidades do negócio (por exemplo, em períodos de pico de procura a empresa pode escalar rapidamente as suas operações, aproveitando os recursos da Synchro, evitando assim os custos fixos associados à manutenção de uma equipa interna de tamanho suficiente para atender a esses picos.

Portugal é um país atrativo para este tipo de projetos?

Portugal tem-se tornado um país cada vez mais atrativo para projetos de IT em outsourcing. Existem várias razões para isso, e posso destacar algumas: a localização estratégica – Portugal está situado numa posição geográfica privilegiada, tornando-o um ponto de entrada para o mercado europeu e facilitando a comunicação e a colaboração com outras partes do mundo; a infraestrutura de IT sólida – o país tem investido em infraestrutura de tecnologias da informação, com uma rede de fibra ótica de alta velocidade e uma infraestrutura de telecomunicações moderna; uma força de trabalho qualificada – Portugal possui uma mão-de-obra altamente qualificada, com profissionais de IT talentosos e experientes; custo competitivo – embora os custos de mão-de-obra em Portugal sejam mais baixos comparativamente com outros países europeus, a qualidade do trabalho é alta, tornando-o uma opção atraente para empresas que procuram terceirizar projetos de IT; incentivos fiscais – o Estado Português oferece alguns incentivos fiscais para empresas de IT, o que pode tornar os serviços de outsourcing ainda mais atrativos; por fim, o crescente ecossistema de startups e tecnologia – Portugal tem visto um aumento significativo no número de startups e empresas de tecnologia nos últimos anos, o que contribui para um ecossistema vibrante e inovador.

Que desafios se lhe colocam na liderança de uma atividade como esta?

Existem diversos desafios, nomeadamente dar a conhecer a nossa marca ao mercado, garantir a qualidade e a rapidez dos nossos serviços e, acima de tudo, garantir que os nossos clientes nos consideram mais do que um prestador, que sejamos um parceiro na sua atividade. Numa outra vertente, acrescento ainda o desafio do outro lado, que os nossos colaboradores vejam a SynchroTech como uma aposta segura na sua carreira. Refiro ainda que não importa a dimensão de um cliente, a importância para o Grupo Egor é igual; cada cliente é único, garantimos que todos os esforços serão efetuados para que a nossa parceria seja um sucesso com longa duração.

António Matos é diretor executivo da Synchro Norte. A Synchro é a marca do Grupo Egor dedicada a outsourcing, sendo um fornecedor especializado na gestão de soluções neste âmbito. Assume um vasto portfólio de clientes, desde a energia às telecomunicações, mas também de competências e experiência de mercados, o que lhe permite atuar eficazmente em organizações públicas e privadas e continuar a explorar o potencial de negócios de prestação de serviços em todo o ciclo de vida das atividades de gestão de pessoas nas organizações. A SynchroTech é um dos verticais de atuação da marca Synchro, com equipas especializadas nos constantes desafios de recrutamento no sector de tecnologia.

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