Se antes da pandemia a presença no digital era fundamental, agora é mandatória para a sobrevivência das marcas e dos profissionais que se querem destacar. É no digital que procuramos empresas, produtos, serviços e… pessoas – bons profissionais, bons líderes, bons exemplos a seguir.
Texto: Andreia Mitreiro
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Independentemente de querermos garantir que aquela empresa, à qual vamos comprar um serviço, tem profissionais qualificados, ou de estarmos a recrutar talento para a nossa equipa, mais do que nunca esta pesquisa e análise é feita on-line, principalmente através das redes sociais.
Falamos muito em marketing digital para marcas, mas raramente falamos em marketing digital para pessoas. Isto não faz grande sentido se pensarmos que, na verdade, quando falamos de marcas falamos de pessoas. É aqui que surge a lacuna.
O personal branding – a gestão de uma marca pessoal – não é ainda algo muito comum, mas é crucial para a valorização dos profissionais. É esta pegada digital que espelha não só o nosso percurso, mas também as nossas experiências, competências, influência e notoriedade. Isto é algo que nos vai acompanhar sempre, independentemente do local onde trabalhamos. É um currículo virtual de grande valor.
A nossa marca pessoal mostra «ao mundo» quem somos. Se for bem trabalhada consegue revelar a nossa história, os valores, a identidade, o percurso profissional, todo o nosso potencial. Se for mal trabalhada pode realmente comprometer o sucesso pessoal e da empresa. Se for nula fica simplesmente para segundo plano.
Esta montra é uma peça fundamental para o recrutamento dos dias de hoje, porque quase todos os processos de recrutamento são feitos on-line atualmente. Desde o hunting à análise dos candidatos. A base de um bom recrutamento está no saber identificar e percecionar os perfis certos para a posição – o tal match perfeito entre o ADN profissional e pessoal do candidato e as expectativas, os projetos e a cultura da empresa. Os novos modelos de recrutamento online procuram este ADN digital, através das plataformas de recrutamento ou em redes sociais como o LinkedIn.
Não há fator mais diferenciador do que a personalidade e os skills pessoais de cada um, e hoje em dia se não forem encontrados on-line quase não existem.
É aqui que o personal branding faz a diferença. O personal branding é, nada mais nada menos, a partilha da essência profissional e pessoal, que dependendo do posicionamento que a pessoa quer ter é trabalhado com diferentes tipos de conteúdo, que vão desde artigos de opinião, vídeos, podcasts, rúbricas… a criatividade não tem fim.
Estamos perante a junção de duas áreas fortes de empowerment: a psicologia e o marketing. Se por um lado apuramos o perfil exato do cliente, por outro trabalhamos e potenciamos este perfil através de uma estratégia de marketing pessoal totalmente ajustada aos objetivos pretendidos.
O importante a reter é que o personal branding é o investimento do futuro. Não há fator mais diferenciador do que a personalidade e os skills pessoais de cada um, e hoje em dia se eles não forem encontrados on-line quase não existem.
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»»»» Andreia Mitreiro é chief executive officer (CEO) e founder da Your Trend.