Inteligência artificial
Cinco passos para a sua implementação

A Sage preparou um código ético com recomendações para a adoção da inteligência artificial de forma responsável.

Por Mário Sul de Andrade

 

A Sage, empresa global de sistemas integrados de gestão, contabilidade, salários e pagamentos, está a apelar a toda a comunidade tecnológica internacional para a importância da implementação ética da inteligência artificial ao nível empresarial. Com a publicação do «Código Ético: Desenvolvimento de Inteligência Artificial para empresas em cinco princípios básicos», a Sage pretende alertar para as recomendações a ter em conta pela indústria 4.0 (também apelidada de quarta revolução industrial).

Este código de conduta foi desenvolvido pela Sage durante a criação do seu próprio programa de aprendizagem automática de inteligência artificial. Foi desenhado especificamente para reduzir os processos de gestão financeira de empresas de qualquer dimensão, desde as start-ups às grandes empresas.

Kriti Sharma, vice-presidente do negócio de bots e inteligência artificial da Sage, referiu: «Desenvolver chatbots e programas de inteligência artificial que ajudem os nossos clientes é a parte mais simples do nosso trabalho, difícil é gerir todas as dúvidas que esta tecnologia disruptiva gera, pois são amplas e diversificadas. Por este motivo, desenvolvemos a nossa inteligência artificial de acordo com um conjunto de guias que funcionam como princípios básicos e contribuem para garantir que os nossos produtos são seguros e eticamente corretos.»

O responsável assinalou ainda: «O código foi criado para proteger o utilizador e assegurar que os gigantes da tecnologia, entre os quais se encontra a Sage, estão a implementar a inteligência artificial de forma segura. Além disso, queremos posicionar-nos como líderes e fazer um apelo a outras empresas – pequenas e médias empresas (PME), grandes empresas ou hackers – para que tenham em conta estes princípios no momento de desenvolver os seus próprios sistemas de inteligência artificial.»

 

O código

O «Código Ético: Desenvolvimento de Inteligência Artificial para empresas em cinco princípios básicos» refere o seguinte:

  1. A inteligência artificial deve refletir a diversidade dos utilizadores que serve

Tanto a indústria como a comunidade tecnológica deve desenvolver mecanismos eficazes para filtrar sentimentos e tendências negativas dos dados recolhidos pela inteligência artificial. Isto servirá para garantir que a inteligência artificial não memoriza estereótipos de forma errada.

  1. A inteligência artificial deve prestar contas, tal como fazem os utilizadores

Os utilizadores constroem uma relação de confiança com a inteligência artificial após diversas e significativas interações. Depois de adquirir confiança, vem a responsabilidade, e a inteligência artificial tem de ser responsabilizada pelas ações e decisões que fornece, tal como acontece com os seres humanos. Se não aceitamos este tipo de comportamentos de outros profissionais «especializados», porque deveríamos abrir uma exceção para a tecnologia?

  1. A inteligência artificial deve ser recompensada pelos seus progressos

Qualquer sistema de inteligência artificial que baseie a aprendizagem de acordo com maus exemplos poderá ser socialmente inadequada. Atualmente, os sistemas de inteligência artificial que ampliem o seu campo de análise e recolha de dados são a solução para progredirem na sua aprendizagem. Um dos desafios é o desenvolvimento de um mecanismo de recompensa. As medidas de aprendizagem e reforço devem construir-se não apenas no que a inteligência artificial ou os robots fazem para obter um resultado, mas sim como estas se alinham com os valores humanos para obter esse mesmo resultado.

  1. A inteligência artificial deve garantir a igualdade de condições

As tecnologias sociais, como os assistentes de voz ou os robots, oferecem soluções de acesso rápido, especialmente indicadas para pessoas incapacitadas, seja por problemas de visão, seja por dislexia ou mobilidade reduzida. A comunidade tecnológica empresarial precisa de acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias para garantir a igualdade de condições e aumentar o número de talentos disponíveis.

  1. A inteligência artificial irá substituir postos de trabalho, mas também criará novos empregos

Aparecerão novas oportunidades criadas pela robotização de tarefas, sendo fundamental que os seres humanos estejam preparados para esta nova realidade. Há que ter em conta que a inteligência artificial e a empresa trabalham em conjunto, para que a equipa se concentre no que é realmente importante: construir relações e cuidar dos clientes.

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Josep María Raventós, country manager da Sage em Portugal, assinalou: «É muito importante que as empresas adotem as melhores tecnologias que têm ao seu dispor, sobretudo quando se trata de algo tão significativo como a inteligência artificial, que pode ser determinante para PMEs. Estou certo que este código ético irá ajudar muitas delas a implementarem facilmente a inteligência artificial.»

Neste contexto, a Sage liderou a revolução da contabilidade financeira com o lançamento do «Pegg», o primeiro chatbot de contabilidade do mercado. Criado com a intenção de libertar os clientes de tarefas administrativas entediantes que os impedem de se concentrar em processos mais importantes, o «Pegg» atua como um assistente inteligente para PMEs, permitindo aos utilizadores controlar os seus gastos e gerir as suas finanças através de aplicações de mensagens tão populares como o «Facebook Messenger».

Um ano após o seu lançamento, o «Pegg» está a ser utilizado por milhares de utilizadores em 135 países

De assinalar que a Sage, com a sua posição de vanguarda tecnológica no mercado de soluções integradas de gestão, contabilidade, salários e pagamentos, apoia a ambição de empreendedores e empresários de todo o mundo. Entende que hoje os empreendedores medem o sucesso através de relações, parcerias e comunidades fortes. É por isso que os ajuda com software inteligente e flexível, com o apoio e o aconselhamento necessários para gerir todos os recursos, desde as pessoas ao dinheiro. Diariamente, mais de 13 mil colaboradores da Sage em 23 países trabalham com mais de três milhões de empreendedores, empresários, comerciantes, contabilistas e parceiros para garantir o sucesso dos seus negócios em todo o mundo. Enquanto empresa cotada no FTSE 100, investe em fazer a diferença apoiando as comunidades locais através da Sage Foundation.