«1968»
O novo livro de António Manuel Venda

No dia 29 de junho, uma quinta-feira, será lançado em Lisboa, na biblioteca da Escola Secundária de Camões (Praça José Fontana, a Picoas), o novo livro de António Manuel Venda. Primeiro título da editora On y va, terá apresentação de Rodolfo Miguel Begonha, diretor adjunto de uma das mais prestigiadas editoras independentes do nosso país.

Por Francisca Rodrigues

 

A narrativa de «1968» (ed. On y va) começa há quase meio século, pelo fim de uma manhã de fevereiro. Estamos em Monchique, vila-sede do concelho algarvio com o mesmo nome, bem na serra também com o mesmo nome e à qual o autor, António Manuel Venda, se refere por vezes como Serra dos Dois Dinossauros Adormecidos, pela imagem que duas montanhas – a Fóia e a Picota – lhe trazem quando vistas de longe.

Bem antes daquele ano de 1968, já um outro autor de Monchique, o escritor-mineiro Manuel do Nascimento, tinha as suas expressões para a serra: o último maciço rochoso do sul, ou simplesmente a serra azul, a cor que toma nos dias de calor quando vista, por exemplo, da costa do barlavento algarvio, ou mesmo dos barcos no mar. Fernando Alves, o jornalista da TSF, lembrou-o num dos trabalhos radiofónicos que fez pelas montanhas de Portugal, de norte a sul, com paragem de vários dias em Monchique.

Pelo fim daquela manhã, na pequena vila do Estado Novo português, o executivo da câmara municipal está em reunião, e a certa altura o presidente é chamado ao hospital. O caso parece ter urgência, tanto que o homem não perde tempo e mete-se no carro. Muitos anos depois, já no século XXI, o génio do xadrez Garry Kasparov fala de Saramago, o Nobel português da literatura. E também dos navegadores Gil Eanes e Vasco da Gama, de Eusébio, o famoso futebolista, e de Humberto Delgado, militar e político de coragem. Considera-os cinco portugueses notáveis. Entre estes dois acontecimentos, 1968 tem muitas histórias. Um menino corre pelos campos em redor da casa da sua avó materna. Um adolescente chega à faculdade sem grande preparação para as surpresas de Lisboa. Um homem escreve livros e chamam-lhe «jovem escritor», por mais que passem os anos. Em registo de crónica, atravessa-se a vida de alguém que avisa, citando José Maria Eça de Queiroz: «Eu não tenho história, sou como a República do Vale de Andorra.»

 

Nota: o autor está disponível para entrevistas sobre o livro; a On y va poderá fornecer mais informações (www.onyva.pt | geral@onyva.pt | 962 970 760); informações sobre o lançamento aqui.

 

Dados do livro

Título: «1968»

Autor: António Manuel Venda

Editora: On y va

Capa: Alexandra Ramires

Projeto gráfico e paginação: Design e Forma

Medronho dos textos: Alexandra Ramires

Impressão: Tipografia Raposa

Número de páginas: 120

ISBN: 978-989-20-7561-7

Depósito legal: 426831/17

Primeira edição: Maio de 2017

 

O autor

António Manuel Venda nasceu em Monchique, no sul de Portugal, em 1968. Publicou vários livros de ficção, o primeiro dos quais o conjunto de contos «Quando o Presidente da República Visitou Monchique por Mera Curiosidade». Foi distinguido com prémios literários pelo Instituto Abel Salazar, pelo Centro Nacional de Cultura, pela Câmara Municipal de Almada, pela Secretaria de Estado da Cultura e pela Sociedade Portuguesa de Autores. Já se disse que «descobrimos os seus livros como se fôssemos exploradores em busca da última mina perdida da escrita».

 

O apresentador

Rodolfo Miguel Begonha, que apresentará «1968», é gestor, escritor e poeta, e também entusiasta de atividades ligadas ao ambiente e à conservação da natureza. Desempenha funções como diretor adjunto de uma das mais prestigiadas editoras independentes do nosso país, a Gradiva.

 

A editora

Criada em maio de 2017 a partir do foco de um autor português que ao longo de uma década e meia se especializou na área da edição, a On y va tem a sua imagem associada a um pequeno barco que segue pela água com o à-vontade de um leão robusto e altivo a caminhar em terra firme.

Sempre próximo do senhor das águas, que nunca esquece os cuidados com o referido autor, o barco saiu da imaginação de uma jovem criadora, também de Portugal, já distinguida internacionalmente.

Na On y va acredita-se que os livros publicados serão motivo de orgulho para todas as pessoas que com eles tenham a ver: seja os autores, que tudo começam com a sua escrita, seja os leitores, já depois de um longo processo feito de muitos e inestimáveis contributos.

 

Antologia crítica dos livros de António Manuel Venda

«Num estilo delicioso, três horas de sequiosa leitura. De espantar e pedir mais.» Visão

«Um jovem autor estreia-se com um invulgar – e excelente – livro de contos. (…) profundo conhecimento da língua portuguesa e um cuidado extremo no seu uso.» Expresso

«Estilo ágil e imaginação, em contos que prendem pelo ambiente insólito e pelo imaginário sedutor.» Jornal de Notícias

«(…) uma forma de se expressar de tal maneira pessoal que seria mais fácil falsificar um quadro de Salvador Dali do que assinar um livro seu com outro nome.» Correio da Manhã

«Um título destes não é todos os dias.» Diário de Notícias