Por que precisamos de mais empatia e inteligência emocional nas empresas?

Os líderes de empresas, nos diversos níveis hierárquicos, tomam decisões que impactam diretamente na vida de muitas pessoas e mesmo na economia nacional e internacional. Como é possível, numa época em que se reconhece a importância da sustentabilidade e da ética na liderança, sejamos surpreendidos diariamente com notícias que relatam comportamentos contrários a esta tendência?

Por Márcia Queiroga

 

Líderes com pouca capacidade de empatia e sem clareza sobre a própria inteligência emocional tomam piores decisões (mais autocráticas e menos sustentáveis), promovem mais conflitos, colaboradores menos comprometidos e pior clima de trabalho. Empatia é definida como a capacidade de entender os sentimentos e pensamentos do outro, pelos autores Steven Stein e Howard Book, no livro «The EQ Edge – Emotional Intelligence and Your Success (best-seller do «The New York Times»).

É crucial as empresas aplicarem ferramentas de assessment, como o «EQ-I 2.0», para promover o autoconhecimento e o desenvolvimento da inteligência emocional dos líderes.

Os resultados do «EQ-I 2.0» (na versão 360 graus, individual ou de grupo) permitem identificar combinações perigosas entre empatia e outras competências da inteligência emocional, como por exemplo:

– Independência alta + Empatia baixa Sem dependência emocional com terceiros e com pouca capacidade de se colocar no lugar do outro, faz o que for necessário para atingir o que considera justo, independentemente das consequências para os outros.

– Consciência emocional baixa + Responsabilidade social baixa + Empatia baixa Baixa necessidade de contribuição social, despreocupado com a comunidade e sem a capacidade de se colocar no lugar do outro, um líder pode «atropelar» muitos ou negligenciar necessidades básicas da sociedade, motivado por fatores que muitas vezes fazem sentido somente para ele.

– Otimismo baixo + empatia baixa Visualiza os piores cenários possíveis, e sem a capacidade de se colocar no lugar do outro tende atropelar as pessoas com o intuito de se defender.

A inteligência emocional (e a empatia, especificamente) é passível de ser desenvolvida.

O perfil do líder do futuro revela elevada clareza sobre inteligência emocional. Não considera exclusivamente resultados a curto prazo, mas também o impacto das suas ações em todos os stakeholders.

A Abylos disponibiliza o assessment e programas em inteligência emocional «EQ-I 2.0», para profissionais de recursos humanos e coachs e para as equipas de liderança. A próxima certificação «EQ-I 2.0» vai decorrer de 27 de março a um de abril.

 

»»» Márcia Queiroga é partner da Abylos. Esta consultora, com sede em Lisboa, apoia as empresas no trabalho de repensar e implementar as práticas de gestão e desenvolvimento do talento de acordo com as tendências e as necessidades futuras.